Eu e minha mais nova sombra saímos daquele salão, meu novo lar. A idéia me atormentava de uma maneira ridícula, conseguia visualizar, imaginar, meu rosto agora, boca escancarada, olhos arregalados, uma surpresa pela sobrevivência, curta, mais ainda sim... Um único ano, idéias bizarras de como aproveitá-lo passaram pela minha mente, até cogitei a idéia de... Um gemido me tirou de minhas idéias sem noção. Tenho certeza que ele não vinha de mim, eu acho. Virei-me para Demetri, ele estava a encarar o piso de mármore do corredor, suas feições amarguradas, ele realmente parecia estar sofrendo uma enorme perda, quem sabe meu sangue?
Apos cruzar a porta me deparo com a seguinte cena: uma moça ajoelhada em um canto do corredor, cercada de vampiros. Digna de um filme de terror. Porem a cena se tornava ainda mais angustiante ao reconhecer a vitima. Rebecca.
Sai correndo em sua direção, como se eu pudesse mudar algum ato. Fui barrada, um dos seus macabros cruzou os braços sobre o peito me impedindo de vela. Não precisava que ninguém me contasse quem era apenas às paginas de lua nova, aquele ar arrogante. Felix. Tentei ignorá-lo.
-- Rebecca, eu... Eu sinto muito.
Ela apenas me olhava como se estivesse vendo um milagre e depois deslizou os olhos para Demetri.
--Você?! Como?!
--Sei que deve estar com raiva de mim, mas não era minha...
--Como você sobreviveu. Seus olhos ainda... --Ela parou para analisar mais especificamente minhas feições, tentando encontrar nelas traços perfeitos, algo que nunca tive.Foi então que entendi. Pelo visto teria uma longa historia para contar... O final fez com que me enrijece-se... Contar... Reviver cada momento. --É impossível!
-- Daqui a pouco lhe explico, agora vamos sair daqui. --Ao terminar a frase voltei a encarar Felix-- Posso ficar a sós com Rebecca?--Serio, não sei de onde saiu tamanha coragem.
Ele se inclinou em minha direção e em um curto sussurro pronunciou um "Não" Totalmente autoritário. Olhei desesperada para Demetri, que me retribui o mesmo olhar, um espelho.
--Ela entrará em julgamento, Será impossível. Desculpe. --Suas feições se tornaram ainda mais sofridas, parecia estar chorando por dentro--Julgamento--Repetiu com um desgosto audível.
E então Rebecca foi arrastada literalmente para dentro do salão de onde eu havia acabado de sair.
--Mas por quê?
--Por Você-- Pronunciou-o, desta vez com a voz quase inaudível, pousando os olhos no nada. --Ela falou de mais. --A ficha finalmente caiu. Rebecca não iria para um julgamento, iria, sim, para o Seu julgamento!Apenas minha culpa.
Me virei para a imensa porta dourada, empurrei com todas as minhas forças, meus pés me arrastaram para traz. Trancada.
--Demetri, por favor.
--Não há o que ser feito, Amanda.
--Mas é minha culpa, não posso...
-- Não é sua culpa! Está me escutando?--Seu tom foi rude, mas seu gesto seguinte me deixou encabulada, suas mãos pararam sobre meus ombros, e seus olhos nos meus... Ele... Ele...
"Acorda Amanda, Você está babando, fecha esta boca AGORA!"
--Desculpe, não temos escolha.
-- Tenho sim!Tenho que ter. Por favor, Demetri.
--Amanda. --Me senti tão bem com seu tom de voz desta vez, protegida de alguma forma. Não pensei enquanto passava meus braços por sua cintura . Ele devolveu o abraço hesitante, com seu corpo gelado colado ao meu.Eu ainda soluçava por causa do choro, mas nada tão exagerado como antes.
Pousei minha cabeça em seu peito. "Só podia ser um pesadelo, nada disso é real! Nada disso é rea..." Seu aroma, cada vez mais doce, estava me hipnotizando. Alcancei seu pescoço, inalei profundamente seu cheiro, e do nada... Esta longe dele. Ele me segurava pelos ombros, mantendo uma distancia segura--Não podemos fazer mais nada. --Ele parecia, tanto quanto eu, estar sofrendo muito com as palavras. Eu queria voltar a abraçá-lo, acalmá-lo, dizer que tudo daria certo, eu... Meus olhos voltaram a estar em foco, encarei o ser a minha frente. Olhos Vermelhos.
"QUE MERDA, AMANDA!"
Tentei me soltar de seus braços, usei toda a força que não tinha. Não consegui me mover. Mas ele ainda era o assassino. Precisava de distancia, não queria AQUILO me tocando. Eu precisava sair dali.
--Por favor--Ele me analisava tristemente, enquanto ainda tentava-me desvencilhar --Mantenha-se a salvo.
Demetri me soltou gentilmente e abriu a porta.
No salão todos pararam ao me ver novamente, mas não pareciam surpresos. Como se já me esperassem.
--Minha querida. A que nos devemos a honra deste novo... Encontro?--Falou Aro com um sorriso enorme enquanto se aproximava calmamente, mas não menos empolgando. Meus joelhos começaram a tremer. "Calma! Mantenha o foco!"
--Gostaria de participar deste julgamento, se não se importa, é claro. --Falava apenas com Aro, não tinha coragem de direcionar uma única palavra a Marcus ou Caius.
--Percebo que está mais confiante agora, Porem não sei se você terá muito no que ajudar aqui.Nós já terminamos.
--Aonde esta Rebecca?
--Amanda... -- Disse Caius "acariciando" meu nome.
--Aonde?
--Não acho que seja o melhor momento--Assim que Demetri disse, Aro o fuzilou com os olhos. Como se dissesse "ponha-se em seu lugar!"
--Mas ela não teve culpa!
--Ela ultrapassou os limites, minha cara.
--Por minha causa! Fui eu que a obriguei a me contar. Eu que devo ser punida. Não ela!
--Hum... Se for a sua... Vamos dizer... Forma de se desculpar de Rebecca... Creio que outros envolvidos também devam ser julgados--Falou Marcus com pura arrogância na voz.
--Mas por outro lado--Voltou a dizer Aro, cortando seu companheiro. -- Nós te desculpamos para que possa se tornar uma de nós. Você recebeu esta chance... Ela não.
--Por que não?Eu tenho que fazer algo por ela, Aro! É minha obrigação.
--Deixamos você levar o corpo dela se quiser-- Caius dava de ombros enquanto falava.
--Não!--Eu já estava gritando, minha garganta não agüentava mais aquela loucura. --Eu a quero Viva!
--Em minha, humilde, opinião--Disse Marcus amargurado--Você não está em condições de dar chiliques infantis--Minha mente decidiu ignorá-lo, mesmo tendo ciência de que a razão era dele.
--E uma troca? Tem que ter algo que possa ser feito.
--Uma troca?!--é muito fácil fazê-lo curioso. Aro só faltava quicar de empolgação. --é algo a se pensar. O que você trocaria pela vida de Rebecca?
--Tudo!--"Que merda, Amanda! Pense antes de falar pelo menos uma vez na vida!"
--Até seu ultimo ano?--"Há Há! Bem feito pra você" Agora até minha mente estava contra mim? Inferno! Seria eu por ela.
--Seja sensato, Aro. Preciso deste ano.
--Então ela não é importante para você?
--Claro que é, mas... --Já me sentia derrotada, precisava garantir a segurança de Rebecca, agora não é hora para ser egoísta. --E se eu apenas diminuísse meu tempo?
--Hum... Podemos--Não podia deixá-lo terminar, ele só me daria uma semana no máximo.
--Seis meses está bom?
--Não! Não acredito! Sua amiga só vale isso.
--Aro...
--Sua amiga...
--Um mês e volto!
--Hum... Questão aceitável, um mês, e quando voltar soltaremos sua amiga.
--Ela não pode ir comigo?!
--E correr o risco de você fugir? Tenho a impressão que não.
--Acho melhor você simplesmente aceitar--Sussurrou Demetri que ainda se encontrava as minhas costas.
--Um mês. Logo estarei de volta, Aro!--Me virei e sai do salão. Não esperei as despedidas novamente.
--Estaremos te esperando!--Ouvi Caius e Marcus falarem em coro antes que a porta fecha-se.
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
domingo, 18 de outubro de 2009
Capitulo 6
Comecei a sentir minha cabeça pesar, e algo gélido segurando minha mão. Estava voltando ao mundo real.
-- Aro gostaria de te ver—Disse alguém sentado ao meu lado na cama. Foi então que senti uma preção em meu pulso fraturado. E me ouvi gritando a plenos pulmões.
-- Calma. Não vou te machucar. É só o curativo, está vendo?
Ele levantou meu punho para que eu pudesse analisar o que estava acontecendo: Meu braço estava envolto por uma camada de gesso.
--Agora, por favor, me acompanhe.
Demetri me ajudou a levantar. Pisei firmemente no chão, não poderia ser um sonho com tantas sensações tão reais, eu podia sentir o vento leve tocar meu rosto, ouvir a minha, atrapalhada, respiração... Infelizmente... Não era um sonho.
O vampiro me pegou nos braços, eu não podia deixá-lo me tocar assim (mesmo sabendo que minha reclamação não mudaria muita coisa...)
--Eu ainda sei andar. —Falei entre sussurro, não ousaria usar outro tom com ele.
Demetri me colocou no chão, para minha surpresa, e continuou andando.
-- Vamos!—Me encolhi com seu tom de voz, era tão autoritário, parecia meu pai brigando comigo depois do evento da delegacia a, pelo que parecia agora, séculos atrás, quando as coisas eram normais... A lembrança de um pai que nunca mais veria na vida deixou meus olhos embaçados
-- Nunca mais os verei. — Pronunciei a mim mesma, sabendo que o assassino a minha frente também escutou, porem não comentou nada.
Caminhamos em silencio pelos corredores da construção. Minha mente não estava registrando o caminho, apenas vislumbrava o manto cinza a minha frente, e tentando ignorar as lagrimas que já caiam sem permissão pelo meu rosto. Milhares de perguntas se formavam a cada respiração pesada que ouvia sair de mim, mas nenhuma com resposta.
Bati em algo solido. Demetri havia parado.
--D-desculpe. — Levantei minha mão e enxuguei as lagrimas que não haviam caído pelo caminho.
--Chegamos. —Ele mostrou a direção que eu deveria tomar. Sua mão novamente Foi em direção a maçã do meu rosto, e como se tivesse se arrependido do gesto, sumiu do meu campo de visão.
Na minha frente se encontrava novamente a porta dourada. Respirei fundo e antes de pensar em estender meu braço bom a ela, a porta foi aberta. Agora eu estava no Salão.
--Seja bem-vinda, Amanda!—Disse Aro como se me conhece-se há muitos anos. Minha reação foi apenas olhá-lo nos olhos. Já sentia na garganta o medo querendo se expressar, mas eu não o deixaria. Iria agüentar firmemente minha punição. —Sei que está com medo. Entretanto fique tranqüila, não lhe faremos mal.
Agora fiquei realmente surpresa, não me fariam mal?! Levantei meu braço mostrando o estrago do nosso ultimo encontro. Ele fingiu não reparar em meu movimento, mas garanto que ele agora percebia que não seria fácil conseguir minha confiança. Em resposta ele caminhou até mim, eu esperava um movimento rápido, digno de um vampiro, mas ao contrario, seus passos foram lerdos até para um humano.
Instintivamente dei um passo para trás. Avistei, nas três cadeiras ao fundo, outro vampiro se levantar.
--Tem coragem?—Ele falou com uma voz sedosa. Não sabia para quem se direcionava aquela ameaça. Entretanto, como o silencio se perpetuou, percebi que era eu a encrencada. —Eu falei com você!—Ele apontou seu dedo esquelético para mim. Totalmente encrencada!
Novamente, temendo o futuro, arrastei ainda mais meus pés para trás. Péssima idéia, esbarrei em uma pedra gélida. Ótimo! De agora não passo!
Eu não conseguia raciocinar nada, apenas olhei para Aro com os olhos cheios de lagrimas.
--Minha cara Amanda, --Começou o único que parecia me entender, mas já era tarde de mais. Caius apenas fez um movimento com a cabeça, vi uma vampira baixinha sorrir maleficamente, Jane, e depois... Estava me retorcendo no chão.
A dor era insuportável. Sabia, eu, que aquilo não iria me machucar, mas naquele momento a única coisa que queria era morrer o mais rápido possível.
-- Não!—Gritou uma voz que já estava sendo reconhecida por mim. E então a dor sumiu.
Fiquei estirada ali no chão tentando me recuperar, colocar meus pulmões para funcionar normalmente novamente. O silencio se arrastou me aguardando.
-- Caius, não acho que isso seja necessário. —Me sentei no chão, ainda com a respiração entre cortada, enquanto Aro me defendia.
-- Mas se ela, -- Caius apontou para mim com raiva —Servirá para algum propósito, o que deveríamos fazer?! Tem alguma idéia!?
-- Fazer uma humana confiar em nós? Claro! Será muito fácil — Disse o vampiro que deveria ser Mairus pela primeira vez, parecendo totalmente entediado.
-- Nunca disse que seria fácil —Pronunciou Aro já com um tom vitorioso. – E nem que seria impossível.
--Mas ela é a-p-e-n-a-s humana! – Marcus falou assim mesmo: a-p-e-n-a-s, novamente parecendo ainda mais entediado.
Do nada um vampiro cruzou o salão e parou na frente de Aro, graças a ele percebi como estava cheio o local. Atrás de mim se encontrava o exercito Volturi.
Aro segurou a mão do misterioso vampiro e fechou os olhos para melhor se concentrar, me privando de sua cor vermelho sangue.
-- Realmente, de normal, você não tem nada, Amanda.
--Eu?!--Serio, ele só podia estar brincando. Agora eu só queria morrer em paz, seria tão difícil assim?! Ele interrompeu a minha loucura particular com um profundo suspiro.
--Assim que nos encontramos pela primeira vez-- Tentei desesperadamente não pensar naquele momento, porem flashes ainda assim me provocaram um frio na espinha, fazendo-me estremecer-- Persebi que era especial, mas isto é totalmente Fantástico.
--Como assim?! Pensei que apenas a mente dela nos interessa-se -- Agora quem o interrogava era Marcus, finalmente ele parecia interessado em algo.
--Minha mente?-- Quando persebi, já me escutava questionando-os, Cale-se Amanda, O que pensa que...!"
-- Vamos Amanda! Não deve ser tão difícil assim perceber.
Pela minha expressão e a dos restantes vampiros presentes, ele deve ter notado que não tinha razão. -- Sua mente é incrível! Sempre parece estar á um passo a frente dos outros... Hum... Humanos. Você não é como todos. Seus pensamentos se organizam diferentemente de tudo que já vi. Como se pudesse aprender apenas-- Ele fez uma pequena pausa para me encarar--Uma estrategista nata, nem espero para te ver... --Sua voz foi morrendo a cada palavra, agora apenas pensadas, um sorriso ocupou seus lábios.
Fiquei boquiaberta, não só pela beleza de seus dentes maravilhosamente brancos, mas agora sabia que não era mais a normal... Eu sou é Anormal!
-- Você realmente é do que precisamos-- Mesmo falando para mim, Aro se direcionava a seus dois companheiros, que aparentavam começar a entendê-lo. -- Então imaginem agora, ela sendo uma de nós! Finalmente acabaríamos com alguns Clãs indesejáveis!-- O assassino estava realmente interessado em minha transforma... Peraí? Eu, Vampira?
-- Porem você falou de algo mais quando viu a mente de Eleazar-- Me lembrei do sanguessuga de capa preta que causará o salão a alguns minutos, Mas, este nome me era familiar... Tenho certeza que ele estava com os Cullens em Amanhecer! Como ele pode traí-los?!
-- Sim, mas é algo que nem ele ainda sabe definir. Um poder a mais!Algo que não podemos perder por nada!-- Caius is começar a interrompe-lo, quando ele levantou a mão pedindo tempo e se virou novamente pata mim-- Amanda, Sei dos seus maiores sonhos e pesadelos, sei que estou em ambos. Entretanto, gostaríamos que você se unisse a nós. Você aceita este privilégio?!
Ok! Para tudo!
-- Amanda?!
--E-eu, não posso, agradeço, mas preciso voltar minha família... d-desculpe.-- Minha voz não passou de um sopro sofrido, mesmo assim sabia que eles haviam entendido cada letra do meu" NÃO!NUNCA SEREI UM MONSTRO!" ,só que ditas educadamente...
Marcus e Caius me olharam como se eu tivesse deixado algo muito importante de lado... Minha família.
-- Acho realmente que você os ama, então, você deve estar ciente de que sua vida nunca mais será a mesma. Tem certeza que quer sua amável família nesta "Bola de Neve" também?
-- Você-- parei para respirar, o ar encontrou em meus pulmões como uma lamina afiada, provocando dor, isto não poderia estar acontecendo. -- Vocês iram atrás de mim-- Não havia sido uma pergunta, mas os três fizerem questão de sinalizar um sim com suas cabeças.
-- E claro, não mudaremos nossos hábito em nossa visita-- Um sorriso maligno brotou nos lábios de Caius com a idéia.
Depois disse não agüentei mais, minhas mãos encontraram minha face e me pus a soluçar enquanto escorria vagarosamente até o chão.
Como eles podiam fazer isto comigo? Eu agora, só queria mais do que nunca, ser normal, eu era normal.... Maldita viagem!
-- Não adianta toda essa cena, querida. A decisão já foi tomada. --Aro, então, estralou os dedos, o Som agudo trouxe Demetri a minhas costas, me pegando em seus braços em direção aos três.
Aro colocou suas mãos pacificamente em meus pescoço, me fazendo sentir sua respiração fria em minha pele exposta ao deslizar meu cabelo suado para o lado.Não me contive.
-- Por favor! Eu imploro! Só lhes pesso um único ano. Apenas um ano ainda como humana. Depois farei tudo o que quiseres.
Ele respirou fundo mais uma vez, mais próximo da minha garganta, talvez tentando me colocar ainda mais pânico, como se fosse possível.
--Qualquer coisa?
Engoli em seco, Preferia morrer
--Não iremos te matar-- Ele estava lendo minha mente pelo contato. Suas mãos deslizaram para meus ombros, o alivio varreu meu corpo mesmo com a certeza de tem saída.
-- Sim, apenas gostaria de me despedir, então, depois me tornarei uma... -- A palavra não queria ser dita por meus lábios, ele apertou um pouco suas mãos que forçando a continuar-- Volturi, não reclamarei, servirei sem questionar. -- Ele levantou uma sobrancelha, a duvida em seu olhar.
-- Um ano?
-- Apenas um ano.
-- Mas o que me garante que você voltará?!
-- Minha família acima de tudo-- Não deveria estar colocando-a tão presente desta maneira, sei disso, Mas estava desesperada por um segundo a mais de humanidade.
-- Nisto ela está certíssima... Sua família-- Bufou Caius se inclinando em direção de Marcus para palavras particulares.
-- Um ano e voltará
--Obrigada-- Abaixei a cabeça em sinal de respeito. Ele agora era meu líder, querendo ou não. Ele me concedera a vida, bem, e a morte.
-- Entretanto, tu não irás sozinha-- Levantei a cabeça rápido demais, tudo ficou negro. Não podia ser... Um Vampiro junto a mim? Um assassino atrás de cada passo meu? Um monstro saído dos meus pesadelos indo de encontro com minha família?
-- Ele saberá se controlar, espero que você também. Demetri-- Ele se dirigiu a pessoa/monstro atrás de mim-- Sabendo dos seus interesses, gostaria de acompanhar Amanda?!
Virei-me e dei de cara com o ser colado a mim, nosso corpos não tinham espaços entre si, ele olhou em meus olhos e mordeu o canto da boca, uma duvida.
"Não aceite, não aceite"
-- Claro, meu senhor.
--Ótimo!-- Declarava Aro, como se tivéssemos acabado de ter uma conversa animada entre velhos amigos-- Então, até ano que vem. Amanda-- Ele fez uma pequena reverencia em minha direção e depois na do meu "guarda costas-- Demetri. Foi um prazer enorme.
-- Obrigada-- Foi a única coisa que poderia ter sida pronunciada naquele momento.
-- Aro gostaria de te ver—Disse alguém sentado ao meu lado na cama. Foi então que senti uma preção em meu pulso fraturado. E me ouvi gritando a plenos pulmões.
-- Calma. Não vou te machucar. É só o curativo, está vendo?
Ele levantou meu punho para que eu pudesse analisar o que estava acontecendo: Meu braço estava envolto por uma camada de gesso.
--Agora, por favor, me acompanhe.
Demetri me ajudou a levantar. Pisei firmemente no chão, não poderia ser um sonho com tantas sensações tão reais, eu podia sentir o vento leve tocar meu rosto, ouvir a minha, atrapalhada, respiração... Infelizmente... Não era um sonho.
O vampiro me pegou nos braços, eu não podia deixá-lo me tocar assim (mesmo sabendo que minha reclamação não mudaria muita coisa...)
--Eu ainda sei andar. —Falei entre sussurro, não ousaria usar outro tom com ele.
Demetri me colocou no chão, para minha surpresa, e continuou andando.
-- Vamos!—Me encolhi com seu tom de voz, era tão autoritário, parecia meu pai brigando comigo depois do evento da delegacia a, pelo que parecia agora, séculos atrás, quando as coisas eram normais... A lembrança de um pai que nunca mais veria na vida deixou meus olhos embaçados
-- Nunca mais os verei. — Pronunciei a mim mesma, sabendo que o assassino a minha frente também escutou, porem não comentou nada.
Caminhamos em silencio pelos corredores da construção. Minha mente não estava registrando o caminho, apenas vislumbrava o manto cinza a minha frente, e tentando ignorar as lagrimas que já caiam sem permissão pelo meu rosto. Milhares de perguntas se formavam a cada respiração pesada que ouvia sair de mim, mas nenhuma com resposta.
Bati em algo solido. Demetri havia parado.
--D-desculpe. — Levantei minha mão e enxuguei as lagrimas que não haviam caído pelo caminho.
--Chegamos. —Ele mostrou a direção que eu deveria tomar. Sua mão novamente Foi em direção a maçã do meu rosto, e como se tivesse se arrependido do gesto, sumiu do meu campo de visão.
Na minha frente se encontrava novamente a porta dourada. Respirei fundo e antes de pensar em estender meu braço bom a ela, a porta foi aberta. Agora eu estava no Salão.
--Seja bem-vinda, Amanda!—Disse Aro como se me conhece-se há muitos anos. Minha reação foi apenas olhá-lo nos olhos. Já sentia na garganta o medo querendo se expressar, mas eu não o deixaria. Iria agüentar firmemente minha punição. —Sei que está com medo. Entretanto fique tranqüila, não lhe faremos mal.
Agora fiquei realmente surpresa, não me fariam mal?! Levantei meu braço mostrando o estrago do nosso ultimo encontro. Ele fingiu não reparar em meu movimento, mas garanto que ele agora percebia que não seria fácil conseguir minha confiança. Em resposta ele caminhou até mim, eu esperava um movimento rápido, digno de um vampiro, mas ao contrario, seus passos foram lerdos até para um humano.
Instintivamente dei um passo para trás. Avistei, nas três cadeiras ao fundo, outro vampiro se levantar.
--Tem coragem?—Ele falou com uma voz sedosa. Não sabia para quem se direcionava aquela ameaça. Entretanto, como o silencio se perpetuou, percebi que era eu a encrencada. —Eu falei com você!—Ele apontou seu dedo esquelético para mim. Totalmente encrencada!
Novamente, temendo o futuro, arrastei ainda mais meus pés para trás. Péssima idéia, esbarrei em uma pedra gélida. Ótimo! De agora não passo!
Eu não conseguia raciocinar nada, apenas olhei para Aro com os olhos cheios de lagrimas.
--Minha cara Amanda, --Começou o único que parecia me entender, mas já era tarde de mais. Caius apenas fez um movimento com a cabeça, vi uma vampira baixinha sorrir maleficamente, Jane, e depois... Estava me retorcendo no chão.
A dor era insuportável. Sabia, eu, que aquilo não iria me machucar, mas naquele momento a única coisa que queria era morrer o mais rápido possível.
-- Não!—Gritou uma voz que já estava sendo reconhecida por mim. E então a dor sumiu.
Fiquei estirada ali no chão tentando me recuperar, colocar meus pulmões para funcionar normalmente novamente. O silencio se arrastou me aguardando.
-- Caius, não acho que isso seja necessário. —Me sentei no chão, ainda com a respiração entre cortada, enquanto Aro me defendia.
-- Mas se ela, -- Caius apontou para mim com raiva —Servirá para algum propósito, o que deveríamos fazer?! Tem alguma idéia!?
-- Fazer uma humana confiar em nós? Claro! Será muito fácil — Disse o vampiro que deveria ser Mairus pela primeira vez, parecendo totalmente entediado.
-- Nunca disse que seria fácil —Pronunciou Aro já com um tom vitorioso. – E nem que seria impossível.
--Mas ela é a-p-e-n-a-s humana! – Marcus falou assim mesmo: a-p-e-n-a-s, novamente parecendo ainda mais entediado.
Do nada um vampiro cruzou o salão e parou na frente de Aro, graças a ele percebi como estava cheio o local. Atrás de mim se encontrava o exercito Volturi.
Aro segurou a mão do misterioso vampiro e fechou os olhos para melhor se concentrar, me privando de sua cor vermelho sangue.
-- Realmente, de normal, você não tem nada, Amanda.
--Eu?!--Serio, ele só podia estar brincando. Agora eu só queria morrer em paz, seria tão difícil assim?! Ele interrompeu a minha loucura particular com um profundo suspiro.
--Assim que nos encontramos pela primeira vez-- Tentei desesperadamente não pensar naquele momento, porem flashes ainda assim me provocaram um frio na espinha, fazendo-me estremecer-- Persebi que era especial, mas isto é totalmente Fantástico.
--Como assim?! Pensei que apenas a mente dela nos interessa-se -- Agora quem o interrogava era Marcus, finalmente ele parecia interessado em algo.
--Minha mente?-- Quando persebi, já me escutava questionando-os, Cale-se Amanda, O que pensa que...!"
-- Vamos Amanda! Não deve ser tão difícil assim perceber.
Pela minha expressão e a dos restantes vampiros presentes, ele deve ter notado que não tinha razão. -- Sua mente é incrível! Sempre parece estar á um passo a frente dos outros... Hum... Humanos. Você não é como todos. Seus pensamentos se organizam diferentemente de tudo que já vi. Como se pudesse aprender apenas-- Ele fez uma pequena pausa para me encarar--Uma estrategista nata, nem espero para te ver... --Sua voz foi morrendo a cada palavra, agora apenas pensadas, um sorriso ocupou seus lábios.
Fiquei boquiaberta, não só pela beleza de seus dentes maravilhosamente brancos, mas agora sabia que não era mais a normal... Eu sou é Anormal!
-- Você realmente é do que precisamos-- Mesmo falando para mim, Aro se direcionava a seus dois companheiros, que aparentavam começar a entendê-lo. -- Então imaginem agora, ela sendo uma de nós! Finalmente acabaríamos com alguns Clãs indesejáveis!-- O assassino estava realmente interessado em minha transforma... Peraí? Eu, Vampira?
-- Porem você falou de algo mais quando viu a mente de Eleazar-- Me lembrei do sanguessuga de capa preta que causará o salão a alguns minutos, Mas, este nome me era familiar... Tenho certeza que ele estava com os Cullens em Amanhecer! Como ele pode traí-los?!
-- Sim, mas é algo que nem ele ainda sabe definir. Um poder a mais!Algo que não podemos perder por nada!-- Caius is começar a interrompe-lo, quando ele levantou a mão pedindo tempo e se virou novamente pata mim-- Amanda, Sei dos seus maiores sonhos e pesadelos, sei que estou em ambos. Entretanto, gostaríamos que você se unisse a nós. Você aceita este privilégio?!
Ok! Para tudo!
-- Amanda?!
--E-eu, não posso, agradeço, mas preciso voltar minha família... d-desculpe.-- Minha voz não passou de um sopro sofrido, mesmo assim sabia que eles haviam entendido cada letra do meu" NÃO!NUNCA SEREI UM MONSTRO!" ,só que ditas educadamente...
Marcus e Caius me olharam como se eu tivesse deixado algo muito importante de lado... Minha família.
-- Acho realmente que você os ama, então, você deve estar ciente de que sua vida nunca mais será a mesma. Tem certeza que quer sua amável família nesta "Bola de Neve" também?
-- Você-- parei para respirar, o ar encontrou em meus pulmões como uma lamina afiada, provocando dor, isto não poderia estar acontecendo. -- Vocês iram atrás de mim-- Não havia sido uma pergunta, mas os três fizerem questão de sinalizar um sim com suas cabeças.
-- E claro, não mudaremos nossos hábito em nossa visita-- Um sorriso maligno brotou nos lábios de Caius com a idéia.
Depois disse não agüentei mais, minhas mãos encontraram minha face e me pus a soluçar enquanto escorria vagarosamente até o chão.
Como eles podiam fazer isto comigo? Eu agora, só queria mais do que nunca, ser normal, eu era normal.... Maldita viagem!
-- Não adianta toda essa cena, querida. A decisão já foi tomada. --Aro, então, estralou os dedos, o Som agudo trouxe Demetri a minhas costas, me pegando em seus braços em direção aos três.
Aro colocou suas mãos pacificamente em meus pescoço, me fazendo sentir sua respiração fria em minha pele exposta ao deslizar meu cabelo suado para o lado.Não me contive.
-- Por favor! Eu imploro! Só lhes pesso um único ano. Apenas um ano ainda como humana. Depois farei tudo o que quiseres.
Ele respirou fundo mais uma vez, mais próximo da minha garganta, talvez tentando me colocar ainda mais pânico, como se fosse possível.
--Qualquer coisa?
Engoli em seco, Preferia morrer
--Não iremos te matar-- Ele estava lendo minha mente pelo contato. Suas mãos deslizaram para meus ombros, o alivio varreu meu corpo mesmo com a certeza de tem saída.
-- Sim, apenas gostaria de me despedir, então, depois me tornarei uma... -- A palavra não queria ser dita por meus lábios, ele apertou um pouco suas mãos que forçando a continuar-- Volturi, não reclamarei, servirei sem questionar. -- Ele levantou uma sobrancelha, a duvida em seu olhar.
-- Um ano?
-- Apenas um ano.
-- Mas o que me garante que você voltará?!
-- Minha família acima de tudo-- Não deveria estar colocando-a tão presente desta maneira, sei disso, Mas estava desesperada por um segundo a mais de humanidade.
-- Nisto ela está certíssima... Sua família-- Bufou Caius se inclinando em direção de Marcus para palavras particulares.
-- Um ano e voltará
--Obrigada-- Abaixei a cabeça em sinal de respeito. Ele agora era meu líder, querendo ou não. Ele me concedera a vida, bem, e a morte.
-- Entretanto, tu não irás sozinha-- Levantei a cabeça rápido demais, tudo ficou negro. Não podia ser... Um Vampiro junto a mim? Um assassino atrás de cada passo meu? Um monstro saído dos meus pesadelos indo de encontro com minha família?
-- Ele saberá se controlar, espero que você também. Demetri-- Ele se dirigiu a pessoa/monstro atrás de mim-- Sabendo dos seus interesses, gostaria de acompanhar Amanda?!
Virei-me e dei de cara com o ser colado a mim, nosso corpos não tinham espaços entre si, ele olhou em meus olhos e mordeu o canto da boca, uma duvida.
"Não aceite, não aceite"
-- Claro, meu senhor.
--Ótimo!-- Declarava Aro, como se tivéssemos acabado de ter uma conversa animada entre velhos amigos-- Então, até ano que vem. Amanda-- Ele fez uma pequena reverencia em minha direção e depois na do meu "guarda costas-- Demetri. Foi um prazer enorme.
-- Obrigada-- Foi a única coisa que poderia ter sida pronunciada naquele momento.
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Capitulo 5
{Musica - Lady Gaga -Paparazi : http://www.youtube.com/watch?v=xjps-_hfvBs}
Assim que saí do Hotel, vi um homem me encarando. O meu senso de auto preservação começou a berrar para eu sair correndo.
Logo que nossos olhos se encontraram, a noite pareceu ainda mais fria. Frio, a única palavra que se encontrava a minha mente naquele momento. Ele parecia tão gélido. Seu olhar não transmitia nada além de... medo !
Obedeci meus instintos e saí correndo dando de cara com uma mulher alta. Não pude ver suas feições por causa da escuridão.
-- Boa Noite!—Ela disse com um sorriso estonteante. Algo dentro de mim fez com que meu corpo se encolhesse. Para tentar fugir desta situação virei meu rosto para o lado. Foi aí que reparei onde estava.
-- Boa Noite?!—Falou novamente a voz maliciosa da mulher.
-- Eu vim para a excursão —Disse por fim, com a voz meio cortada, após ficar presa em seu olhar por um curto momento. Seu sorriso se tornou ainda mais maravilhado. Por motivos inexplicáveis, dei um passo para trás... Uma reação um pouco anormal... Caramba! ELA APENAS SORRIU AMANDA!
-- Ah, Claro! Vamos apenas esperar o restante chegar. Muito prazer, meu nome é Heidi.
--Amanda, Prazer. —Estendi minha mão direita para ela, sabe... Aperto de mãos... Ela simplesmente me ignorou. Apenas se virou e foi se sentar em um dos bancos da praça. Já a minha pessoa se dirigiu para outro banco, um pouco distante.
Meus pensamentos não me obedeciam. Ele e o meu senso de preservação queriam me tirar dali a qualquer custo. Volturi. A palavra ecoava em minha mente como um aviso. Só podia estar ficando tão doida quanto Rebecca!
“Eles não existem”
Repetia para mim mesma, sem um pingo de convicção. Lá no quarto entre quatro paredes, segura, era impossível acreditar nesta loucura, mas aqui... No escuro da noite cercada...
Já estava quase aceitando a oferta dos meus sentimentos para sair correndo dali com o rabo entre a pernas( não que eu tivesse algum, claro) , Quando senti uma respiração em meu pescoço. Fazendo me gritar com todo o ar dos meus pulmões.
--Ei. Calminha.Sou eu, Heidi!—Ela deu a volta no banco e se sentou ao meu lado. Não olhei mais em seus olhos, Tinha medo de ver de mais. Mantive os meus olhando o chão, tentando descodificar alguma ligação ou significado nos encaixes das pedras da calçada.—E então, Você não é daqui, é?!
--Brasil, Sou brasileira.
-- Ah, então você é a menina que Rebecca comentou. —Meu estomago embrulhou com o nome dela envolvido... Será...
-- Rebecca?! Você a conhece?!—Sem perceber estava me virando para a garota.
--Sim. Trabalhamos juntas. Ela queria que eu te expulsa se da excursão. Minha opinião: Ela ta ficando louquinha, Me chamou de vampira sem. -- Ela parou um pouco de falar e me encarou— Desculpe, eu não devia me meter.
-- Tudo bem—Respirei pesadamente—Não a verei mais mesmo.
-- Não digue isso. A vida sempre dá voltas. Acredite... Nada é impossível
-- AH, claro... Amanha eu e ela estaremos jantando com os Volturi (¬¬)
Ela não se agüentou e explodiu em gargalhadas. Não tive como segurar... Acompanhei-a... Encontrar os Volturi era realmente Absurdo ao ponto de Chorar de rir.
Logo a praça estava cheia e nos organizamos para sair. Nós iríamos andar pela cidade, um passeio para ver cada construção. Começaríamos por um Museu, que se localizava atrás do grande relógio, o único que se mantinha aberto a noite.
No antigo museu, a luz iluminava o local e pude ver minha companhia pela primeira vez. Ela tinha um cabelo cor de mogno e seus olhos eram de um de violeta. Aparentava-me que eu já a conhecia. Mas da onde?!
Caminhamos por um corredor cheio de portas, mas para minha surpresa, nenhum quadro ou escultura. Que tipo de museu é este?
Fomos até a ultima porta que parecia revestida de ouro e super pesada, mas deveria ser apenas impressão. Pois Heidi a moveu sem o menor esforço.
Enquanto passava pela porta, esbarrando levemente no ombro dela, me lembro de onde conhecia Heidi... Aquela exata descrição estava...
-- Bem Vindos a Volterra!—Disse uma voz sedosa que vinha de uma das três poltronas ocupadas no fundo do enorme salão.
--Volturi!—Não tive como me conter. Nesse exato momento meus companheiros de turismo já estavam nos braços de seres pálidos de olhos vermelhos.
Eu fiquei ali, de pé, vendo todos aqueles assassinatos, esperando pela minha vez.
Por que não sai correndo?! Medo! Esta pequena palavrinha congelou minhas reações. Mas no fundo eu sabia: Estava morta. Mesmo se conseguisse me mover, eu não seria a única correndo... Eles me alcançariam antes mesmo da porta dourada.
Senti algo gélido segurando meu braço direito firmemente. Pronto. Chegou minha hora...
Como de imediato, aonde o Vampiro em segurava eu senti meu sangue se movendo. Adrenalina. Sem pensar, me virei para acertar a cara do meu predador. Estupidez a minha, como se um humano conseguisse provocar alguma dor em um mostro daquele.
Ele segurou meu pulso com força. Eu sofreria por aquele ato insano, já senti meus ossos sendo transformados em pó pela pressão. A dor era intensa, e logo me ouvi gritar...
-- Fique quieta, menina. —Foi apenas isso que o vampiro pronunciou e sua mão começou a ficar mais leve sobre a minha. Algo estava muito errado. Quando um ser como ele obedeceria a uma mera humana como eu?!
-- Impressionante! Parem todos!
Foi então que meus olhos desviaram do ser a minha frente e se direcionaram aos outros sanguessugas presentes. Todos haviam congelado como em um retrato do verdadeiro terror.
-- Meu caro Aro! Não vamos brincar com a comida!
Aro?! O leitor de mentes? Oh meus deus! O que ele viu?! Será que minha punição será maior por eu saber a verdade?!
-- Você não entende Caius, ela pode nos ajudar. Ela é especial!
Especial?! Acho que Aro esta com problemas com seu dom! Eu sou normal! A pessoa insignificante e comum!
-- Demetri, leve-a VIVA para uma sala enquanto terminamos o nosso serviço aqui.
-- Sim mestre —Olhei para a origem daquela voz magnífica. Assim que o encontrei reconheci seu olhar.
Mesmo com as pupilas cor de sangue, ainda pude ver o medo em seu rosto. Era o cara que me seguira. Ele me pegou em seu colo com total facilidade e saiu correndo porta a fora.
Não sabia como descrever tal sensação. Parecia que eu havia colocado minha cabeça para fora de uma aeronave em pleno vôo.
Ele corria tão rápido que as paredes se transformaram em borrões brancos.
Antes mesmo de conseguir respirar, fui colocada em algo macio. Minha cabeça girava pela quantidade de informações que foi imposta a ela em tão pouco tempo, Em um momento eu era a fã que sonhava com vampiros... E agora... Bem... Sou a garota no covil dos vampiros prestes a morrer...
Eu estava em um quarto, sentada na cama recoberta por colchas de um tom pastel, as paredes brancas a minha volta, sem janelas, transmitiam um sentimento de alivio, entretanto ao mesmo tempo estava presa...
Só podia estar ficando LOUCA!
Volturi! Um Sonho! É isso! Não... Um Pesadelo! Com certeza um pesadelo!
Demetri a minha frente me encarava com... Com... Não conseguia decifrar o que ele sentia. Era tão diferente de tudo que já havia notado no mundo. Mas alguns vestígios de outros sentimentos ainda estavam presentes naquela mascara: Ódio, raiva... Dor. Ele realmente não queria estar ali. Como se eu tivesse atrapalhado a sua festinha.
Após um tempo com os meus olhos presos nos dele, sua mão se levantou e encostou na maça do meu rosto. Por onde ele passava, mesmo com sua temperatura gélida, eu sentia o contato me queimando. Sua mão continuava a deslizar pela minha face, até que encontrou meus lábios.
Do nada, como se alguém o tivesse chamado, ele virou para a porta e sumiu.
Estava só. Esperando pela morte, o que mais eu poderia esperar?
O tempo foi passando e nada acontecia, já estava enjoada de encarar o teto. Aquele lugar me irritava. Porque não me matavam logo?
Com o decorrer das horas acabei dormindo. Sem sonhos. Apenas o preto me acompanhando, um lugar sem vampiros, sem dor, sem lágrimas...
Assim que saí do Hotel, vi um homem me encarando. O meu senso de auto preservação começou a berrar para eu sair correndo.
Logo que nossos olhos se encontraram, a noite pareceu ainda mais fria. Frio, a única palavra que se encontrava a minha mente naquele momento. Ele parecia tão gélido. Seu olhar não transmitia nada além de... medo !
Obedeci meus instintos e saí correndo dando de cara com uma mulher alta. Não pude ver suas feições por causa da escuridão.
-- Boa Noite!—Ela disse com um sorriso estonteante. Algo dentro de mim fez com que meu corpo se encolhesse. Para tentar fugir desta situação virei meu rosto para o lado. Foi aí que reparei onde estava.
-- Boa Noite?!—Falou novamente a voz maliciosa da mulher.
-- Eu vim para a excursão —Disse por fim, com a voz meio cortada, após ficar presa em seu olhar por um curto momento. Seu sorriso se tornou ainda mais maravilhado. Por motivos inexplicáveis, dei um passo para trás... Uma reação um pouco anormal... Caramba! ELA APENAS SORRIU AMANDA!
-- Ah, Claro! Vamos apenas esperar o restante chegar. Muito prazer, meu nome é Heidi.
--Amanda, Prazer. —Estendi minha mão direita para ela, sabe... Aperto de mãos... Ela simplesmente me ignorou. Apenas se virou e foi se sentar em um dos bancos da praça. Já a minha pessoa se dirigiu para outro banco, um pouco distante.
Meus pensamentos não me obedeciam. Ele e o meu senso de preservação queriam me tirar dali a qualquer custo. Volturi. A palavra ecoava em minha mente como um aviso. Só podia estar ficando tão doida quanto Rebecca!
“Eles não existem”
Repetia para mim mesma, sem um pingo de convicção. Lá no quarto entre quatro paredes, segura, era impossível acreditar nesta loucura, mas aqui... No escuro da noite cercada...
Já estava quase aceitando a oferta dos meus sentimentos para sair correndo dali com o rabo entre a pernas( não que eu tivesse algum, claro) , Quando senti uma respiração em meu pescoço. Fazendo me gritar com todo o ar dos meus pulmões.
--Ei. Calminha.Sou eu, Heidi!—Ela deu a volta no banco e se sentou ao meu lado. Não olhei mais em seus olhos, Tinha medo de ver de mais. Mantive os meus olhando o chão, tentando descodificar alguma ligação ou significado nos encaixes das pedras da calçada.—E então, Você não é daqui, é?!
--Brasil, Sou brasileira.
-- Ah, então você é a menina que Rebecca comentou. —Meu estomago embrulhou com o nome dela envolvido... Será...
-- Rebecca?! Você a conhece?!—Sem perceber estava me virando para a garota.
--Sim. Trabalhamos juntas. Ela queria que eu te expulsa se da excursão. Minha opinião: Ela ta ficando louquinha, Me chamou de vampira sem. -- Ela parou um pouco de falar e me encarou— Desculpe, eu não devia me meter.
-- Tudo bem—Respirei pesadamente—Não a verei mais mesmo.
-- Não digue isso. A vida sempre dá voltas. Acredite... Nada é impossível
-- AH, claro... Amanha eu e ela estaremos jantando com os Volturi (¬¬)
Ela não se agüentou e explodiu em gargalhadas. Não tive como segurar... Acompanhei-a... Encontrar os Volturi era realmente Absurdo ao ponto de Chorar de rir.
Logo a praça estava cheia e nos organizamos para sair. Nós iríamos andar pela cidade, um passeio para ver cada construção. Começaríamos por um Museu, que se localizava atrás do grande relógio, o único que se mantinha aberto a noite.
No antigo museu, a luz iluminava o local e pude ver minha companhia pela primeira vez. Ela tinha um cabelo cor de mogno e seus olhos eram de um de violeta. Aparentava-me que eu já a conhecia. Mas da onde?!
Caminhamos por um corredor cheio de portas, mas para minha surpresa, nenhum quadro ou escultura. Que tipo de museu é este?
Fomos até a ultima porta que parecia revestida de ouro e super pesada, mas deveria ser apenas impressão. Pois Heidi a moveu sem o menor esforço.
Enquanto passava pela porta, esbarrando levemente no ombro dela, me lembro de onde conhecia Heidi... Aquela exata descrição estava...
-- Bem Vindos a Volterra!—Disse uma voz sedosa que vinha de uma das três poltronas ocupadas no fundo do enorme salão.
--Volturi!—Não tive como me conter. Nesse exato momento meus companheiros de turismo já estavam nos braços de seres pálidos de olhos vermelhos.
Eu fiquei ali, de pé, vendo todos aqueles assassinatos, esperando pela minha vez.
Por que não sai correndo?! Medo! Esta pequena palavrinha congelou minhas reações. Mas no fundo eu sabia: Estava morta. Mesmo se conseguisse me mover, eu não seria a única correndo... Eles me alcançariam antes mesmo da porta dourada.
Senti algo gélido segurando meu braço direito firmemente. Pronto. Chegou minha hora...
Como de imediato, aonde o Vampiro em segurava eu senti meu sangue se movendo. Adrenalina. Sem pensar, me virei para acertar a cara do meu predador. Estupidez a minha, como se um humano conseguisse provocar alguma dor em um mostro daquele.
Ele segurou meu pulso com força. Eu sofreria por aquele ato insano, já senti meus ossos sendo transformados em pó pela pressão. A dor era intensa, e logo me ouvi gritar...
-- Fique quieta, menina. —Foi apenas isso que o vampiro pronunciou e sua mão começou a ficar mais leve sobre a minha. Algo estava muito errado. Quando um ser como ele obedeceria a uma mera humana como eu?!
-- Impressionante! Parem todos!
Foi então que meus olhos desviaram do ser a minha frente e se direcionaram aos outros sanguessugas presentes. Todos haviam congelado como em um retrato do verdadeiro terror.
-- Meu caro Aro! Não vamos brincar com a comida!
Aro?! O leitor de mentes? Oh meus deus! O que ele viu?! Será que minha punição será maior por eu saber a verdade?!
-- Você não entende Caius, ela pode nos ajudar. Ela é especial!
Especial?! Acho que Aro esta com problemas com seu dom! Eu sou normal! A pessoa insignificante e comum!
-- Demetri, leve-a VIVA para uma sala enquanto terminamos o nosso serviço aqui.
-- Sim mestre —Olhei para a origem daquela voz magnífica. Assim que o encontrei reconheci seu olhar.
Mesmo com as pupilas cor de sangue, ainda pude ver o medo em seu rosto. Era o cara que me seguira. Ele me pegou em seu colo com total facilidade e saiu correndo porta a fora.
Não sabia como descrever tal sensação. Parecia que eu havia colocado minha cabeça para fora de uma aeronave em pleno vôo.
Ele corria tão rápido que as paredes se transformaram em borrões brancos.
Antes mesmo de conseguir respirar, fui colocada em algo macio. Minha cabeça girava pela quantidade de informações que foi imposta a ela em tão pouco tempo, Em um momento eu era a fã que sonhava com vampiros... E agora... Bem... Sou a garota no covil dos vampiros prestes a morrer...
Eu estava em um quarto, sentada na cama recoberta por colchas de um tom pastel, as paredes brancas a minha volta, sem janelas, transmitiam um sentimento de alivio, entretanto ao mesmo tempo estava presa...
Só podia estar ficando LOUCA!
Volturi! Um Sonho! É isso! Não... Um Pesadelo! Com certeza um pesadelo!
Demetri a minha frente me encarava com... Com... Não conseguia decifrar o que ele sentia. Era tão diferente de tudo que já havia notado no mundo. Mas alguns vestígios de outros sentimentos ainda estavam presentes naquela mascara: Ódio, raiva... Dor. Ele realmente não queria estar ali. Como se eu tivesse atrapalhado a sua festinha.
Após um tempo com os meus olhos presos nos dele, sua mão se levantou e encostou na maça do meu rosto. Por onde ele passava, mesmo com sua temperatura gélida, eu sentia o contato me queimando. Sua mão continuava a deslizar pela minha face, até que encontrou meus lábios.
Do nada, como se alguém o tivesse chamado, ele virou para a porta e sumiu.
Estava só. Esperando pela morte, o que mais eu poderia esperar?
O tempo foi passando e nada acontecia, já estava enjoada de encarar o teto. Aquele lugar me irritava. Porque não me matavam logo?
Com o decorrer das horas acabei dormindo. Sem sonhos. Apenas o preto me acompanhando, um lugar sem vampiros, sem dor, sem lágrimas...
quinta-feira, 30 de julho de 2009
Capitulo 4
O dia amanheceu! Lindo, sem uma única nuvem no céu. Perfeito para as filmagens de hoje.
Olhei para o armário. O que eu deveria usar para ver o Robert??
Me virei para a cama de Rebecca.Vazia. Quem poderia me ajudar agora?
Respirei fundo, peguei minha toalha e fui em direção ao chuveiro.Enquanto a água gelada caía em meus cabelos, fui me acalmando.
-Tudo vai dar certo Amanda
O estado de paz não durou muito tempo. Ao sair do banho voltei a encarar o armário.
Decidi faltando apenas alguns minutos que o melhor a fazer era colocar meu jeans básico, uma blusa preta com decote em V e botas de cano alto. Não deu tempo para olhar os cabelos.
Cheguei na praça de filmagem meio atrasada. Mas onde está Rebecca? Não a achei em lugar nenhum. No meio da minha busca impossível, acabei esbarrando em alguém.
- Amanda?
- Oi.
Quando me virei para encarar a pessoa eu gelei. Era ela mesmo! Meyer!
- Prazer em conhecê-la.
- O p-prazer é todo meu.
Gaguejei.
- Procurando alguma coisa?
- Na verdade... Rebecca.
- Bem, Rebecca se demitiu hoje de manhã.
Meu olhar deslizou para o chão. Ela nem havia se despedido. Me senti meio pálida.
- Está se sentindo bem?
- Ah, claro.
- Sabe, eu acho que aqui ainda vai demorar um pouco. Vamos tomar alguma coisa, o que acha?
- Por mim tudo bem.
Dei um sorriso amarelo pra ela.
- Tem algo errado?
- Ann... os... atores.
Tive que pensar em algo rápido.
- No camarim virando vampiros.
- Ah ta.
Acho que ela percebeu meu desanimo e continuou a frase.
- Quer ir vê-los? Nosso café pode esperar.
- Posso mesmo?
- Acho que não terá problema.
Ela piscou pra mim enquanto abria umas das portas do corredor enorme.
-Com licença – ela disse – Kristen, gostaria de lhe apresentar uma pessoa.
OMG! Kristen? Kristen Stewart? OMG OMG OMG!
Enquanto a naturalização de Bella do meu mundo vinha ao nosso encontro com um sorriso tímido, eu não consegui me mover nem um centímetro.
- Se ela se comporta assim comigo, melhor nem apresentá-la ao Rob.
As duas começaram a rir. Que tipo de garota alienada sou eu?
- Desculpe...
- Sem problemas.
Kristen estendeu a mão pra mim. Olhei pra mão, depois pra ela. Foi ai que me toquei que ela esperava que eu aceitasse o cumprimento. Eu só tinha que me mover e apertar a mão da Kristen. OMG!
Ela me olhava com esperança, como se torcesse para que um milagre acontecesse. Bem, eu também esperava por esse milagre.
Só depois de alguns segundos eu consegui me mover e apertar sua mão.
- Prazer em conhecê-la...
- Amanda.
- Claro, prazer Amanda.
Apenas acenei com a cabeça. Eu sabia que se abrisse a boca, sairia um gritinho de fã enlouquecida dali.
Meyer me tirou da sala antes que eu tivesse um ataque ou desmaiasse. Continuamos pelo corredor e paramos na frente da ultima porta. Tive a impressão que ela iria falar algo, mas desistiu.
Assim que a porta se abriu, dei de cara com Robert Pattinson. ROBERT PATTINSON!
Ao contrário do que aconteceu com a Kristen, eu sentia meu corpo inteiro querendo se mover, querendo me jogar nos braços dele e nunca mais soltar. \o/
- Oi!
Disse meu Edward, ou melhor, o Robert. Ele me olhava com uma cara de “Eu te conheço?”. Diga-se por passagem LINDA. Mas ai... do nada... ele me abraçou! Depois disso... mais nada.
Quando acordei, estava em um sofá, provavelmente ainda no camarim do Robert, pois ele foi a primeira pessoa que eu vi. Aquele Deus Grego. Gostoso. Tesudo. Se controla Amanda.
-Não agarra ele. Não agarra ele. Não agarra ele.
Assim que abri os olhos, ele sorriu e falou baixo só pra mim.
- A Bella Adormecida acordou. Dormiu bem princesa?
Pronto. Era só o que me faltava, eu devo ter desmaiado, e eu ia desmaiar de novo se ele voltasse a me chamar de princesa.
- Desculpa, eu... é que...
Comecei a falar nervosa.
-Shh.
Ele colocou o dedo indicador nos meus lábios me impedindo de continuar.
Fiquei encarando – o por um tempo. Ok, ou isso era um sonho, ou eu sou MUITO sortuda. E aqueles olhos? Tem como não amar aqueles olhos? *--*
Pelo canto dos olhos, eu pude ver Meyer nos observando. Dei um salto e levantei. Péssima idéia, cambaleei e quando ia cair de cara no chão, Rob me segurou. Pai do céu, Senhor, eu estava nos braços do Robert Pattinson!
- O-obrigada.
- De nada.
Aquele sorriso de novo. Corre Rob, corre porque eu vou te agarrar!
- Vamos senhor Pattinson.
Ta de brinks? Quem foi a futura defunta que chamou ele logo agora?
Eu ainda não acreditava naquilo e pra melhorar, ele me deu um beijo. Na testa. Eu sei, eu sei, mas pensa bem, quantas pessoas conseguem receber um beijo na testa do Rob?
- Amanda?
- Haaan? Eu to bem, é serio.
- Ótimo. Vamos então?
Meyer reprimia um riso, provavelmente da minha cara e da minha reação. Tive a impressão de ter ouvido ela sussurrar pra si mesma “imagine se ele a tivesse pedido em casamento.”
A manhã e a tarde passaram rapidamente. Logo a noite começava a aparecer. As filmagens haviam terminado por hoje.
Fui tomar outra ducha, desta vez quente já que a temperatura da misteriosa cidade caiu rapidamente de noite. Assim que voltei pro quarto, Rebecca estava esperando por mim, sentada em minha cama.
- Rebecca!
Sorri pra ela, que apenas me olhou. Tinha alguma coisa acontecendo.
- Amanda – ela respirou fundo – Se eu te pedir um favor, você o faria?
- Que favor?
- Não vá pra excursão.
- Por que?
- Me escute Amanda, isso é sério, eu não posso te falar tudo. Mas confie em mim, não vá. Eu não deveria estar aqui, vou arrumar uma grande encrenca, então por favor, me escute.
Agora sua expressão era de dor. Ela estava praticamente implorando pra mim.
- Me diga o motivo, deve haver um motivo pra tudo isso.
- E ele existe... Vamos acabar esse assunto por aqui, você não vai.
- Como?
Eu estava realmente irritada agora. Nós nem nos conhecíamos e ela já estava mandando em mim?
- Amanda, tem muita coisa em jogo para que eu aceite um capricho de uma menina. Por favor, só obedeça.
- Não! O que tem de errado com um passeio de turismo?
- Terei que contar a verdade não é?
- Vai me contar? Ah finalmente.
- Eu só quero lhe manter viva.
Olhei pra ela com descrença. Viva? Por favor né? Eu não ia me jogar de uma ponte, eu só queria fazer turismo!
- Você não pode ir.
- Por que não?
- Porque não é uma excursão.
- Como?
- Volturi.
Uma única palavra? O significado dela demorou um pouco pra chegar em meu cérebro. Não consegui me segurar e ri na cara dela.
- Volturi? Ah Rebecca, isso é só um livro!
Fui até a porta e a abri.
- Recado dado. Obrigada.
Ela passou por mim. Parecia estar se despedindo com o olhar. Fechei a porta com uma força desnecessária.
- Volturi.. tá bom.
Peguei meu sobretudo preto e saí para a praça.
Olhei para o armário. O que eu deveria usar para ver o Robert??
Me virei para a cama de Rebecca.Vazia. Quem poderia me ajudar agora?
Respirei fundo, peguei minha toalha e fui em direção ao chuveiro.Enquanto a água gelada caía em meus cabelos, fui me acalmando.
-Tudo vai dar certo Amanda
O estado de paz não durou muito tempo. Ao sair do banho voltei a encarar o armário.
Decidi faltando apenas alguns minutos que o melhor a fazer era colocar meu jeans básico, uma blusa preta com decote em V e botas de cano alto. Não deu tempo para olhar os cabelos.
Cheguei na praça de filmagem meio atrasada. Mas onde está Rebecca? Não a achei em lugar nenhum. No meio da minha busca impossível, acabei esbarrando em alguém.
- Amanda?
- Oi.
Quando me virei para encarar a pessoa eu gelei. Era ela mesmo! Meyer!
- Prazer em conhecê-la.
- O p-prazer é todo meu.
Gaguejei.
- Procurando alguma coisa?
- Na verdade... Rebecca.
- Bem, Rebecca se demitiu hoje de manhã.
Meu olhar deslizou para o chão. Ela nem havia se despedido. Me senti meio pálida.
- Está se sentindo bem?
- Ah, claro.
- Sabe, eu acho que aqui ainda vai demorar um pouco. Vamos tomar alguma coisa, o que acha?
- Por mim tudo bem.
Dei um sorriso amarelo pra ela.
- Tem algo errado?
- Ann... os... atores.
Tive que pensar em algo rápido.
- No camarim virando vampiros.
- Ah ta.
Acho que ela percebeu meu desanimo e continuou a frase.
- Quer ir vê-los? Nosso café pode esperar.
- Posso mesmo?
- Acho que não terá problema.
Ela piscou pra mim enquanto abria umas das portas do corredor enorme.
-Com licença – ela disse – Kristen, gostaria de lhe apresentar uma pessoa.
OMG! Kristen? Kristen Stewart? OMG OMG OMG!
Enquanto a naturalização de Bella do meu mundo vinha ao nosso encontro com um sorriso tímido, eu não consegui me mover nem um centímetro.
- Se ela se comporta assim comigo, melhor nem apresentá-la ao Rob.
As duas começaram a rir. Que tipo de garota alienada sou eu?
- Desculpe...
- Sem problemas.
Kristen estendeu a mão pra mim. Olhei pra mão, depois pra ela. Foi ai que me toquei que ela esperava que eu aceitasse o cumprimento. Eu só tinha que me mover e apertar a mão da Kristen. OMG!
Ela me olhava com esperança, como se torcesse para que um milagre acontecesse. Bem, eu também esperava por esse milagre.
Só depois de alguns segundos eu consegui me mover e apertar sua mão.
- Prazer em conhecê-la...
- Amanda.
- Claro, prazer Amanda.
Apenas acenei com a cabeça. Eu sabia que se abrisse a boca, sairia um gritinho de fã enlouquecida dali.
Meyer me tirou da sala antes que eu tivesse um ataque ou desmaiasse. Continuamos pelo corredor e paramos na frente da ultima porta. Tive a impressão que ela iria falar algo, mas desistiu.
Assim que a porta se abriu, dei de cara com Robert Pattinson. ROBERT PATTINSON!
Ao contrário do que aconteceu com a Kristen, eu sentia meu corpo inteiro querendo se mover, querendo me jogar nos braços dele e nunca mais soltar. \o/
- Oi!
Disse meu Edward, ou melhor, o Robert. Ele me olhava com uma cara de “Eu te conheço?”. Diga-se por passagem LINDA. Mas ai... do nada... ele me abraçou! Depois disso... mais nada.
Quando acordei, estava em um sofá, provavelmente ainda no camarim do Robert, pois ele foi a primeira pessoa que eu vi. Aquele Deus Grego. Gostoso. Tesudo. Se controla Amanda.
-Não agarra ele. Não agarra ele. Não agarra ele.
Assim que abri os olhos, ele sorriu e falou baixo só pra mim.
- A Bella Adormecida acordou. Dormiu bem princesa?
Pronto. Era só o que me faltava, eu devo ter desmaiado, e eu ia desmaiar de novo se ele voltasse a me chamar de princesa.
- Desculpa, eu... é que...
Comecei a falar nervosa.
-Shh.
Ele colocou o dedo indicador nos meus lábios me impedindo de continuar.
Fiquei encarando – o por um tempo. Ok, ou isso era um sonho, ou eu sou MUITO sortuda. E aqueles olhos? Tem como não amar aqueles olhos? *--*
Pelo canto dos olhos, eu pude ver Meyer nos observando. Dei um salto e levantei. Péssima idéia, cambaleei e quando ia cair de cara no chão, Rob me segurou. Pai do céu, Senhor, eu estava nos braços do Robert Pattinson!
- O-obrigada.
- De nada.
Aquele sorriso de novo. Corre Rob, corre porque eu vou te agarrar!
- Vamos senhor Pattinson.
Ta de brinks? Quem foi a futura defunta que chamou ele logo agora?
Eu ainda não acreditava naquilo e pra melhorar, ele me deu um beijo. Na testa. Eu sei, eu sei, mas pensa bem, quantas pessoas conseguem receber um beijo na testa do Rob?
- Amanda?
- Haaan? Eu to bem, é serio.
- Ótimo. Vamos então?
Meyer reprimia um riso, provavelmente da minha cara e da minha reação. Tive a impressão de ter ouvido ela sussurrar pra si mesma “imagine se ele a tivesse pedido em casamento.”
A manhã e a tarde passaram rapidamente. Logo a noite começava a aparecer. As filmagens haviam terminado por hoje.
Fui tomar outra ducha, desta vez quente já que a temperatura da misteriosa cidade caiu rapidamente de noite. Assim que voltei pro quarto, Rebecca estava esperando por mim, sentada em minha cama.
- Rebecca!
Sorri pra ela, que apenas me olhou. Tinha alguma coisa acontecendo.
- Amanda – ela respirou fundo – Se eu te pedir um favor, você o faria?
- Que favor?
- Não vá pra excursão.
- Por que?
- Me escute Amanda, isso é sério, eu não posso te falar tudo. Mas confie em mim, não vá. Eu não deveria estar aqui, vou arrumar uma grande encrenca, então por favor, me escute.
Agora sua expressão era de dor. Ela estava praticamente implorando pra mim.
- Me diga o motivo, deve haver um motivo pra tudo isso.
- E ele existe... Vamos acabar esse assunto por aqui, você não vai.
- Como?
Eu estava realmente irritada agora. Nós nem nos conhecíamos e ela já estava mandando em mim?
- Amanda, tem muita coisa em jogo para que eu aceite um capricho de uma menina. Por favor, só obedeça.
- Não! O que tem de errado com um passeio de turismo?
- Terei que contar a verdade não é?
- Vai me contar? Ah finalmente.
- Eu só quero lhe manter viva.
Olhei pra ela com descrença. Viva? Por favor né? Eu não ia me jogar de uma ponte, eu só queria fazer turismo!
- Você não pode ir.
- Por que não?
- Porque não é uma excursão.
- Como?
- Volturi.
Uma única palavra? O significado dela demorou um pouco pra chegar em meu cérebro. Não consegui me segurar e ri na cara dela.
- Volturi? Ah Rebecca, isso é só um livro!
Fui até a porta e a abri.
- Recado dado. Obrigada.
Ela passou por mim. Parecia estar se despedindo com o olhar. Fechei a porta com uma força desnecessária.
- Volturi.. tá bom.
Peguei meu sobretudo preto e saí para a praça.
domingo, 12 de julho de 2009
Capitulo 3
{Musica Linkin Park - Numb (Instrumental) : http://www.youtube.com/watch?v=8RHS4KQ_7ug}
Agora com mais consciência mais nítida pude visualizar a beleza do meu quarto. Paredes de um amarelo-limão, pinturas de uma torre de relógio, para a pintura dediquei um pouquinho do meu tempo, até que as bandeirolas vermelhas pintadas no mesmo se tornaram olhos me encarando. Ao virar o rosto ,pela surpresa, avistei um buquê de tulipas brancas e ao lado um pequeno cartão em Italiano. A letra foi o que mais me encantou, tão bem desenhada. Porem nada o que estava escrito naquelas linhas eu consegui compreender (marcar na agenda: Praticar mais meu italiano). Definitivamente desisti de descodificar o pequeno papel e reparei na imensa janela que ocupava o lado norte do quarto.
Provavelmente o sol estava deixando espaço para as estrelas e a colossal lua nova que aparecia no céu! Que Crepúsculo!
A vista dava para uma praça, com uma enorme fonte no centro e antigos prédios em volta. Derrepente caiu a fixa...
--Volterra!--Falei comigo mesma enquanto um sorriso singelo crescia em meus lábios.
--Com licença. Te acordei, Amanda?!--Era Rebecca que entrava no quarto com uma bandeja de comida, meu jantar.
--Olá Rebecca!--Pulei na cama, tão macia. --Venha, sente-se aqui!
--Vejo que você descobriu onde estamos. --Ela pronunciou as palavras enquanto se sentava na cama ao meu lado, atendendo ao meu pedido.
--É... Volterra é linda!--Me virei para a janela novamente, apenas para me certificar que não estava sonhando. Foi então que os vi. Um pequeno amontoado de pessoas.
--O que é aquilo?!
-- Ah... É uma das excursões noturnas da cidade ...por causa da festa de São Marcos.
--Posso ir?!
-- Acho que sim... Só que ela sai apenas à noite.
--Isso não é um problema... Não encontraremos os Volturi...
Ela riu, um som harmonioso, mas parecia ter um pouco de nervosismo em sua voz.
Após o jantar em meu quarto com Rebecca, liguei para minha mãe contando como foi à viagem.... A ligação não foi curta.
--Beijo mãe, Agora realmente preciso desligar..... Não mãe, Prometo. Amanhã te ligo... Boa noite mãe!
Desliguei o celular, minha mãe realmente gostava de falar... Se fosse por ela provavelmente passaríamos a noite com a orelha colada ao telefone.
Estava Sozinha. Abri minha mala, tirei meu pijama de ursinho lá de dentro, não tive tempo de comprar um mais "adulto" para a viagem. Embaixo deles estava minha “Lua Nova”, não resisti, alguns capítulos não me fariam mal... Comecei lendo as cenas de hoje: Bella correndo pela praça, o encontro com Jane, o covil do Volturi... Seria tão bom encontrá-los. Algo mágico... Um Sonho de Pesadelo!
Aporta de abriu, gelei na hora, meu pedido não precisava ser atendido tão rápido.
Minhas mãos não souberam trabalhar sobre pressão do susto e deixaram o livro cair debaixo da cama...
-- Atrapalhei!?—Era apenas Rebecca entrando no quarto, nenhum vampiro... não sabia se sorria ou chorava.
--Não, claro que não... Entre... --A outra cama de solteiro no quarto me chamou a atenção pela primeira vez—- Vai fica aqui comigo?!
--Se quiser
Meus olhos deslizaram para suas mãos por um milésimo de segundo, o suficiente para um pequeno papel em vermelho capturar minha visão.
--Já comprei o bilhete para o seu passeio noturno
--Ótimo! Que horas sairemos?!
--Você sairá as 21h00min
--Um minutinho... Você não vai?!
-- Infelizmente terei que trabalhar amanhã.—Parecia que tinha algo mais naquela reação. AS suas feições a palavra Volturi mais cedo passaram pela minha mente e um calafrio percorreu minha espinha.
--Ah, então acho que irei aguardar para ir com você. Posso esperar um pouquinho!—Medi o tempo com os dedos para enfatizar minha frase.
--Não!!!—Ela gritou ou foi só minha impressão!?—-Quero dizer... Isso não será necessário. E além de tudo o seu bilhete já esta comprado--Ela se abanou com o pequeno papel vermelho.
-- Ok... Mas se mudar de ideia...
--Irei avisar.
O silêncio predominou por um curto momento. Até que algo começou a tremer no bolso da minha calça.
Meu celular vibrou... Mensagem de Paola. Finalmente ela entrou em contato!
"Olá Amanda! Já viu o Robert?!"
Realmente... Era ela (¬¬)
-- Bem, Acho que vou buscar minhas malas.
--Estarei esperando.
Antes de fechar a porta, os olhos de Rebecca me deixaram confusa... Pareciam sentir... Culpa?!
Respondi a mensagem de Paola...
“Ainda não... Reze por mim!"
Como de imediato meu celular voltou a vibrar...
-- Alo?! Amanda?! Finalmente! Como assim... Ainda não viu o Robert?
-- Olá Paola... E não... Nem de longe...
-- Absurdo!
-- Só amanhã! Ah... Tenho que desligar...
--Ham?! Como assim?! Não tem mais tempo pras amigas?!-- Rebecca abria a porta, carregando um pote de sorvete nas mãos.
-- Tenho mesmo de ir.
-- Estou atrapalhando, Amanda?!
-- Não Rebecca! Fique a vontade!
-- Rebecca?! Quem é essa?! Já me trocou foi, Amanda?!
--Xauzito, Paola!
-- VOCÊ ME PAGA!
Ela desligou na minha cara... Que respeito!
Entre mordidas e melequeiras acabamos virando boas amigas.
Ela não falou quase nada a seu respeito. E sempre que eu tentava adquirir alguma informação... Ela me mandava mais algumas perguntas... Sem sentido na maioria... Tipo... Qual sua cor preferida... Entre outras coisinhas.
O tempo passou rápido de mais... Logo estávamos entre bocejos.
Deitei-me, seria um longo dia amanhã: Filmaríamos a cena em que Bella reencontra Edward de manhã (Eu vou se Figurante!!!! Me procurem no meio da movuca viu!^^) e de noite o tour pela cidade.
O período noturno em que me encontrava, não foi um dos melhores, eu estava ansiosa de mais para o dia seguinte. Olhei no relógio... 03h45min da manhã... Ninguém merece.
Me virei na direção da cama de Rebecca. Vazia. Fechei meus olhos de novo, tentando lutar contra a insônia... Nada.
Desisto!
Dormir seria impossível agora!
Ao me levantar fui em direção a janela, quem sabe a vista me ajuda-se...
Então, a vejo na praça, Rebecca. Ela estava conversando com uma moça de preto. Mas há esta hora?! Tinha algo realmente errado!
A mulher com que ela conversava me viu e as duas congelaram no mesmo instante. O assunto acabara ali...
Voltei para a cama tentando entender a cena, mas nada vinha a minha mente. Será que aconteceu algum problema?!
Quando estava quase adormecendo escutei a porta ranger. Não consegui abrir os olhos. Já havia me perdido no mundo dos sonhos.
Agora com mais consciência mais nítida pude visualizar a beleza do meu quarto. Paredes de um amarelo-limão, pinturas de uma torre de relógio, para a pintura dediquei um pouquinho do meu tempo, até que as bandeirolas vermelhas pintadas no mesmo se tornaram olhos me encarando. Ao virar o rosto ,pela surpresa, avistei um buquê de tulipas brancas e ao lado um pequeno cartão em Italiano. A letra foi o que mais me encantou, tão bem desenhada. Porem nada o que estava escrito naquelas linhas eu consegui compreender (marcar na agenda: Praticar mais meu italiano). Definitivamente desisti de descodificar o pequeno papel e reparei na imensa janela que ocupava o lado norte do quarto.
Provavelmente o sol estava deixando espaço para as estrelas e a colossal lua nova que aparecia no céu! Que Crepúsculo!
A vista dava para uma praça, com uma enorme fonte no centro e antigos prédios em volta. Derrepente caiu a fixa...
--Volterra!--Falei comigo mesma enquanto um sorriso singelo crescia em meus lábios.
--Com licença. Te acordei, Amanda?!--Era Rebecca que entrava no quarto com uma bandeja de comida, meu jantar.
--Olá Rebecca!--Pulei na cama, tão macia. --Venha, sente-se aqui!
--Vejo que você descobriu onde estamos. --Ela pronunciou as palavras enquanto se sentava na cama ao meu lado, atendendo ao meu pedido.
--É... Volterra é linda!--Me virei para a janela novamente, apenas para me certificar que não estava sonhando. Foi então que os vi. Um pequeno amontoado de pessoas.
--O que é aquilo?!
-- Ah... É uma das excursões noturnas da cidade ...por causa da festa de São Marcos.
--Posso ir?!
-- Acho que sim... Só que ela sai apenas à noite.
--Isso não é um problema... Não encontraremos os Volturi...
Ela riu, um som harmonioso, mas parecia ter um pouco de nervosismo em sua voz.
Após o jantar em meu quarto com Rebecca, liguei para minha mãe contando como foi à viagem.... A ligação não foi curta.
--Beijo mãe, Agora realmente preciso desligar..... Não mãe, Prometo. Amanhã te ligo... Boa noite mãe!
Desliguei o celular, minha mãe realmente gostava de falar... Se fosse por ela provavelmente passaríamos a noite com a orelha colada ao telefone.
Estava Sozinha. Abri minha mala, tirei meu pijama de ursinho lá de dentro, não tive tempo de comprar um mais "adulto" para a viagem. Embaixo deles estava minha “Lua Nova”, não resisti, alguns capítulos não me fariam mal... Comecei lendo as cenas de hoje: Bella correndo pela praça, o encontro com Jane, o covil do Volturi... Seria tão bom encontrá-los. Algo mágico... Um Sonho de Pesadelo!
Aporta de abriu, gelei na hora, meu pedido não precisava ser atendido tão rápido.
Minhas mãos não souberam trabalhar sobre pressão do susto e deixaram o livro cair debaixo da cama...
-- Atrapalhei!?—Era apenas Rebecca entrando no quarto, nenhum vampiro... não sabia se sorria ou chorava.
--Não, claro que não... Entre... --A outra cama de solteiro no quarto me chamou a atenção pela primeira vez—- Vai fica aqui comigo?!
--Se quiser
Meus olhos deslizaram para suas mãos por um milésimo de segundo, o suficiente para um pequeno papel em vermelho capturar minha visão.
--Já comprei o bilhete para o seu passeio noturno
--Ótimo! Que horas sairemos?!
--Você sairá as 21h00min
--Um minutinho... Você não vai?!
-- Infelizmente terei que trabalhar amanhã.—Parecia que tinha algo mais naquela reação. AS suas feições a palavra Volturi mais cedo passaram pela minha mente e um calafrio percorreu minha espinha.
--Ah, então acho que irei aguardar para ir com você. Posso esperar um pouquinho!—Medi o tempo com os dedos para enfatizar minha frase.
--Não!!!—Ela gritou ou foi só minha impressão!?—-Quero dizer... Isso não será necessário. E além de tudo o seu bilhete já esta comprado--Ela se abanou com o pequeno papel vermelho.
-- Ok... Mas se mudar de ideia...
--Irei avisar.
O silêncio predominou por um curto momento. Até que algo começou a tremer no bolso da minha calça.
Meu celular vibrou... Mensagem de Paola. Finalmente ela entrou em contato!
"Olá Amanda! Já viu o Robert?!"
Realmente... Era ela (¬¬)
-- Bem, Acho que vou buscar minhas malas.
--Estarei esperando.
Antes de fechar a porta, os olhos de Rebecca me deixaram confusa... Pareciam sentir... Culpa?!
Respondi a mensagem de Paola...
“Ainda não... Reze por mim!"
Como de imediato meu celular voltou a vibrar...
-- Alo?! Amanda?! Finalmente! Como assim... Ainda não viu o Robert?
-- Olá Paola... E não... Nem de longe...
-- Absurdo!
-- Só amanhã! Ah... Tenho que desligar...
--Ham?! Como assim?! Não tem mais tempo pras amigas?!-- Rebecca abria a porta, carregando um pote de sorvete nas mãos.
-- Tenho mesmo de ir.
-- Estou atrapalhando, Amanda?!
-- Não Rebecca! Fique a vontade!
-- Rebecca?! Quem é essa?! Já me trocou foi, Amanda?!
--Xauzito, Paola!
-- VOCÊ ME PAGA!
Ela desligou na minha cara... Que respeito!
Entre mordidas e melequeiras acabamos virando boas amigas.
Ela não falou quase nada a seu respeito. E sempre que eu tentava adquirir alguma informação... Ela me mandava mais algumas perguntas... Sem sentido na maioria... Tipo... Qual sua cor preferida... Entre outras coisinhas.
O tempo passou rápido de mais... Logo estávamos entre bocejos.
Deitei-me, seria um longo dia amanhã: Filmaríamos a cena em que Bella reencontra Edward de manhã (Eu vou se Figurante!!!! Me procurem no meio da movuca viu!^^) e de noite o tour pela cidade.
O período noturno em que me encontrava, não foi um dos melhores, eu estava ansiosa de mais para o dia seguinte. Olhei no relógio... 03h45min da manhã... Ninguém merece.
Me virei na direção da cama de Rebecca. Vazia. Fechei meus olhos de novo, tentando lutar contra a insônia... Nada.
Desisto!
Dormir seria impossível agora!
Ao me levantar fui em direção a janela, quem sabe a vista me ajuda-se...
Então, a vejo na praça, Rebecca. Ela estava conversando com uma moça de preto. Mas há esta hora?! Tinha algo realmente errado!
A mulher com que ela conversava me viu e as duas congelaram no mesmo instante. O assunto acabara ali...
Voltei para a cama tentando entender a cena, mas nada vinha a minha mente. Será que aconteceu algum problema?!
Quando estava quase adormecendo escutei a porta ranger. Não consegui abrir os olhos. Já havia me perdido no mundo dos sonhos.
terça-feira, 30 de junho de 2009
Capitulo 2
{ Musica de Luciana Mello, Borboletas:http://www.youtube.com/watch?v=4TRWDqfNyGkNa}
manhã seguinte acordei assustada... Seria um sonho?!
Claro que sim! Mas daqueles bem reais, já que minhas malas ainda me esperavam ao lado da porta.
Decidi ir tomar meu último café da manha em São Paulo. Desci as escadas como se tentasse gravar a trajetória até a cozinha... Cada detalhe de cada degrau... O mundo agora parecia ser bem mais interessante, como se um passo pudesse me levar aos Volturi!
De novo não, Amanda!Não perca seu tempo com seres que não existem! PENSE EM PATZ!!! Pense que vocês dois estaram sobre o mesmo teto nas próximas 48 horas...
MEU DEUS!!!!!!!
Avistei a mesa, recoberta com todas as minhas guloseimas favoritas. Quem não amaria estar no meu lugar?!
Entretanto, nada ali me chamou mais a atenção do que a maça na cesta de frutas. Ela brilhava tão intensamente quanto...
Sim Amanda! Já entendemos que você é fan de Twilight!
Eu a queria!
Ignorei a mesa a minha frente e coletei a maça. Após isso apenas o sofá me deteu da Carrera. Nada poderia acabar com o meu dia!Não mais! Minha vida já estava perfeita!
Meu celular tocou. Quando olhei o identificador de chamas... Já comecei a arrumar desculpas para não atender... Era Thiago... Não é que eu não goste dele, ele é meu amigo... Bem... Para mim ele é apenas um amigo (como se isso mudasse o que ele pensa sobre o nosso futuro ¬¬). Ele é fofo e tudo mais com aqueles olhos verdes e cabelo loiro todo arrepiadinho, mas... Um relacionamento agora poderia colocar tudo a perder...
Tem que ter um Edward sem Bella no mundo esperando por MIM!
--OI Thiago!
--Bom dia, Amanda!--Sua voz sempre me parecia animada, mas hoje ele realmente estava feliz, ele chegava a tons inacreditáveis--já ligou a TV hoje?!
--Não... Por que... --Neste momento pressionei o botão ligar do controle remoto.--Meu Deus! EU TO NA TELEVISÃO!
--Fico feliz pela sua viagem!
Nem escutei nada do que ele dizia, a matéria na televisão estava bem mais interessante... Falava sobre uma menina quer iria à Itália...
--Amanda?! Você esta me ouvindo?!
--Claro thi...
--E não disse nada?! Pensei que você ficaria triste por Paola ter mudado de cidade
--Perai?! Paola se mudo?!Como assim?!
Ah... Deixe me apresentar Paola, a única garota que anda comigo. Uma baixinha gorducha que sempre me mete em encrencas.Como por exemplo na semana passada que saímos pela cidade tentando arrecadar dinheiro para duas passagens para a Itália( agora não são mais necessárias ^^)... Bem... Ainda estou de castigo... Acabamos na delegacia... Um casal pensou que éramos assaltantes... Sinceramente... Duas meninas de 16 anos com blusas de twilight possuem cara de assaltantes?! Ah... Faça-me o favor né?!A briga foi feia.
MAS ELA NÃO PODIA SE MUDA ASSIM DO NADA!
--Os pais delas foram transferidos, ela não conseguiu falar com você. Mas semana que vem ela volta para pegar as coisas.
--Eu não vou estar aqui Thiago!
--Sinto muito-- a voz dele me mostrava puro carinho... Ele era tão fofo!
--Humpf, tudo bem thi, vou tentar falar com ela, me deseje sorte, Agora preciso desligar...
--Ah, quando você volta?!
--Daqui duas semanas! Guarda um lugar na fila do almoço pra mim?!
--Claro! Sentirei sua falta...
--Thia...
--Não... -- Ele respirou fundo... Lá vinha bomba-- antes que você desligue eu presci...
--Xauzito!
Às vezes é melhor não aumentar muito a conversa com ele. Foi sem querer sabe... Meu dedinho aperto o botam desligar na hora errada...
Fotos da minha infância humilhante ainda passavam na telinha... Eles realmente pensavam que eu iria salvar Twilight da extinção!? Se era isso... Não iriam se decepcionar!
Ignorei as luzes da TV a minha frente... A maça novamente conseguiu me hipnotizar
--Você é a maçã!
---------------------------------------------------------------------------------
O almoço foi em casa mesmo, uma reunião de família, pelo menos o que restava dela, já que os meus parentes estavam no interior, mais exatamente em São José dos campos (SP). Porém para compensar meu pai trouxe os seus amigos, os amigos de seus amigos... E lá se vai à lista.
O evento foi feliz, mas faltou Paola ali do meu lado. Eu realmente sentiria a falta dela.
Assim que a tarde chegou estava tudo pronto: malas, despedidas, cartas enormes do pessoal do colégio para os atores de Lua Nova(isso mesmo, aqueles que nunca me notaram agora beijavam meus pés). Mas um sentimento errado, a cada 5 minutos me atingia, ansiedade?! Medo?! Frescura?! Não sabia... Era como se minha casa fosse sair do lugar... Fugir de mim... Como se eu nunca mais fosse voltar.
Meu vôo saia as 21h10min e depois tinha uma conexão em Salvador (BA), onde um dos assessores do filme estaria a minha espera.
Exatamente no horário o avião chega e somos convidados para o embarque, ou seja, hora da choradeira:
--Querida--já dizia minha mãe entre soluços--Não se esqueça da sua mãezinha aqui, viu!
--Só são duas semanas, mãe! Eu vou voltar-- Aquelas palavras para mim eram incerta, pois assim que pronunciadas fecharam minha garganta, eu realmente esperava que fossem verdade.
--Sentirei sua falta
Apos estas palavras não teve como ninguém conter as lagrimas. Era um momento tão familiar... Mas quando levantei minha cabeça do abraço de minha mãe avistei, correndo e tropeçando, Thiago.
--Amanda!--Ele berrou a alguns metros de mim. Senti meu sangue invadir minhas bochechas ao movimento das pessoas ao meu redor, todos olhavam para mim.
Quando Thiago finalmente me alcançou, bufando, ele me colocou de imediato em seus braços. Eu, claro, fiquei em choque, o que ele pensava que estava fazendo!?
--Pensei que não te alcançaria!
--Bem, aqui estou--falei por entre um suspiro
--Preciso falar com você--ele olhou para mim depois para os meus pais, e novamente para mim--A sós.
-- C-claro--minha garganta estava seca, me direcionei a uma lanchonete, ele me seguiu
--Amanda, por favor, me escute. Ok?! Paola foi embora.
--Eu já sei dessa thi... --falei mordendo o lábio inferior, foi quando olhei para suas mãos, fechadas em punho ao lado do seu tronco... A noticia era bombástica com certeza
-- Ah... Claro. Mais deixe continuar... -- não respondi, apenas fiz menção de um sim--bem, você sabe que ela tinha um sentimento não sabe?!-- ah claro, esqueci de falar, Paola era apaixonada por Thiago, do tipo que faria de tudo para fazê-lo feliz e blábláblá, só havia um pequeno empecilho, ele gostava era de mim. Um belo Triangulo... --e bem, agora que ela teve que se muda...
Meu coração já batia forte, queria sair pela boca, ele não podia estar fazendo isso! Não agora!
--ULTIMA CHAMADA PARA O VOO xxxx-xxx.
Reconheci o numero da minha aeronave com alivio... Estava livre
--Preciso ir, thi...assim que voltar agente se fala--Me virei para sair correndo daquele pesadelo, Infelizmente, a vida não vira um sonho quando agente deseja, ele segurou meu pulso... DEUS ME SOCORRA
--Amanda! Me escuta--Agora ele me olhava suplicante-- Eu te a..
Puxei meu braço das mãos dele e sai correndo... Não podia estragar nossa amizade com um fora, isso se ela ainda existisse nessas circunstâncias.
-------------------------------------------------------------------------------------
-------------------------------------------------------------------------------------
Assim que sentei em minha poltrona, a da janela é claro, persebi a maluquice que estava me metendo. Ir à Itália!Sozinha!Outro país, novas culturas, e pior, tendo esperança de achar algum ser pálido de olhos vermelhos!
Acorda Amanda! Eles são assassinos que nem existem!
A viagem seria cansativa, mais de 4 horas sentada. Pela janela só se via água. Bem, não que eu tivesse medo de avião, não era isso, mas aquela visão estava me dando arrepios, cercada, sem nenhum lugar para fugir, era assim que me sentia.
Senti meus olhos começarem a pesar. Dormir. Era o que eu precisava.
Entre sonhos e alucinações devo ter perdido o horário. Quando acordei, o avião estava quase vazio.
Sai cambaleando de dentro da aeronave. Primeira vez que pisava em Salvador e estava dopada... Que lindo (¬¬)
Cheguei à sala de desembarque, estava cheia. Mais no meio daquela bagunça a avistei. Fui em direção de uma moça alta, pálida e morena. Ela ainda tinha um rosto de criança, mas devia ter seus 18 anos. Ah, fora isso, Ela era perfeita! Digna de um filme! Sabe aqueles sorrisos que agente vê em propagandas de pasta dental!? Era um destes que se encontrava nos lábios dela! (Porem mesmo assim eu podia vê medo?!). Sabia que era ela graças a uma plaquinha em suas mãos que dizia: “Procuro por Amanda Bonn". Assim que a cumprimentei, persebi o quão era sortuda, ela falava português! Um trunfo que eu não esperava!
--Amanda?!
--Sim, eu, você é...
--Rebecca, prazer em conhecê-la, senhorita Bonn. Esta pronta para a viagem?!--Sua voz era como sininhos! Totalmente encantadora.
--Apenas Amanda.
Ela sorriu novamente para mim. Parecia ser uma ótima pessoa
--Vamos!?
Apenas sinalizei com a cabeça.
Junto com Rebecca peguei o avião que nos levaria a Roma, Itália! Só então entraria em um carro... Para chegarmos a Volterra!
Esse vôo foi muito mais cansativo. Quase oito horas. Só chegamos a nosso destino no dia seguinte.
Assim que pousamos, umas duas pessoas vieram falar com Rebecca. Provavelmente mais integrantes de Lua nova. Mas não tive muito tempo para analisar a situação, não consegui nem distinguir a língua que eles falavam, para mim parecia apenas um zumbido. Eu estava em uma luta continua com minhas pálpebras.
Eles deviam ter me levado para o carro, pois só o que me lembro é de um automóvel preto.
Nunca entendi nada de carros, a única coisa que tinha certeza é que era preto.
Depois disso só fui acordar em um quarto. Hotel?! Ainda em Roma?! Não faço a mínima idéia. Logo o sono me tomou novamente.
manhã seguinte acordei assustada... Seria um sonho?!
Claro que sim! Mas daqueles bem reais, já que minhas malas ainda me esperavam ao lado da porta.
Decidi ir tomar meu último café da manha em São Paulo. Desci as escadas como se tentasse gravar a trajetória até a cozinha... Cada detalhe de cada degrau... O mundo agora parecia ser bem mais interessante, como se um passo pudesse me levar aos Volturi!
De novo não, Amanda!Não perca seu tempo com seres que não existem! PENSE EM PATZ!!! Pense que vocês dois estaram sobre o mesmo teto nas próximas 48 horas...
MEU DEUS!!!!!!!
Avistei a mesa, recoberta com todas as minhas guloseimas favoritas. Quem não amaria estar no meu lugar?!
Entretanto, nada ali me chamou mais a atenção do que a maça na cesta de frutas. Ela brilhava tão intensamente quanto...
Sim Amanda! Já entendemos que você é fan de Twilight!
Eu a queria!
Ignorei a mesa a minha frente e coletei a maça. Após isso apenas o sofá me deteu da Carrera. Nada poderia acabar com o meu dia!Não mais! Minha vida já estava perfeita!
Meu celular tocou. Quando olhei o identificador de chamas... Já comecei a arrumar desculpas para não atender... Era Thiago... Não é que eu não goste dele, ele é meu amigo... Bem... Para mim ele é apenas um amigo (como se isso mudasse o que ele pensa sobre o nosso futuro ¬¬). Ele é fofo e tudo mais com aqueles olhos verdes e cabelo loiro todo arrepiadinho, mas... Um relacionamento agora poderia colocar tudo a perder...
Tem que ter um Edward sem Bella no mundo esperando por MIM!
--OI Thiago!
--Bom dia, Amanda!--Sua voz sempre me parecia animada, mas hoje ele realmente estava feliz, ele chegava a tons inacreditáveis--já ligou a TV hoje?!
--Não... Por que... --Neste momento pressionei o botão ligar do controle remoto.--Meu Deus! EU TO NA TELEVISÃO!
--Fico feliz pela sua viagem!
Nem escutei nada do que ele dizia, a matéria na televisão estava bem mais interessante... Falava sobre uma menina quer iria à Itália...
--Amanda?! Você esta me ouvindo?!
--Claro thi...
--E não disse nada?! Pensei que você ficaria triste por Paola ter mudado de cidade
--Perai?! Paola se mudo?!Como assim?!
Ah... Deixe me apresentar Paola, a única garota que anda comigo. Uma baixinha gorducha que sempre me mete em encrencas.Como por exemplo na semana passada que saímos pela cidade tentando arrecadar dinheiro para duas passagens para a Itália( agora não são mais necessárias ^^)... Bem... Ainda estou de castigo... Acabamos na delegacia... Um casal pensou que éramos assaltantes... Sinceramente... Duas meninas de 16 anos com blusas de twilight possuem cara de assaltantes?! Ah... Faça-me o favor né?!A briga foi feia.
MAS ELA NÃO PODIA SE MUDA ASSIM DO NADA!
--Os pais delas foram transferidos, ela não conseguiu falar com você. Mas semana que vem ela volta para pegar as coisas.
--Eu não vou estar aqui Thiago!
--Sinto muito-- a voz dele me mostrava puro carinho... Ele era tão fofo!
--Humpf, tudo bem thi, vou tentar falar com ela, me deseje sorte, Agora preciso desligar...
--Ah, quando você volta?!
--Daqui duas semanas! Guarda um lugar na fila do almoço pra mim?!
--Claro! Sentirei sua falta...
--Thia...
--Não... -- Ele respirou fundo... Lá vinha bomba-- antes que você desligue eu presci...
--Xauzito!
Às vezes é melhor não aumentar muito a conversa com ele. Foi sem querer sabe... Meu dedinho aperto o botam desligar na hora errada...
Fotos da minha infância humilhante ainda passavam na telinha... Eles realmente pensavam que eu iria salvar Twilight da extinção!? Se era isso... Não iriam se decepcionar!
Ignorei as luzes da TV a minha frente... A maça novamente conseguiu me hipnotizar
--Você é a maçã!
---------------------------------------------------------------------------------
O almoço foi em casa mesmo, uma reunião de família, pelo menos o que restava dela, já que os meus parentes estavam no interior, mais exatamente em São José dos campos (SP). Porém para compensar meu pai trouxe os seus amigos, os amigos de seus amigos... E lá se vai à lista.
O evento foi feliz, mas faltou Paola ali do meu lado. Eu realmente sentiria a falta dela.
Assim que a tarde chegou estava tudo pronto: malas, despedidas, cartas enormes do pessoal do colégio para os atores de Lua Nova(isso mesmo, aqueles que nunca me notaram agora beijavam meus pés). Mas um sentimento errado, a cada 5 minutos me atingia, ansiedade?! Medo?! Frescura?! Não sabia... Era como se minha casa fosse sair do lugar... Fugir de mim... Como se eu nunca mais fosse voltar.
Meu vôo saia as 21h10min e depois tinha uma conexão em Salvador (BA), onde um dos assessores do filme estaria a minha espera.
Exatamente no horário o avião chega e somos convidados para o embarque, ou seja, hora da choradeira:
--Querida--já dizia minha mãe entre soluços--Não se esqueça da sua mãezinha aqui, viu!
--Só são duas semanas, mãe! Eu vou voltar-- Aquelas palavras para mim eram incerta, pois assim que pronunciadas fecharam minha garganta, eu realmente esperava que fossem verdade.
--Sentirei sua falta
Apos estas palavras não teve como ninguém conter as lagrimas. Era um momento tão familiar... Mas quando levantei minha cabeça do abraço de minha mãe avistei, correndo e tropeçando, Thiago.
--Amanda!--Ele berrou a alguns metros de mim. Senti meu sangue invadir minhas bochechas ao movimento das pessoas ao meu redor, todos olhavam para mim.
Quando Thiago finalmente me alcançou, bufando, ele me colocou de imediato em seus braços. Eu, claro, fiquei em choque, o que ele pensava que estava fazendo!?
--Pensei que não te alcançaria!
--Bem, aqui estou--falei por entre um suspiro
--Preciso falar com você--ele olhou para mim depois para os meus pais, e novamente para mim--A sós.
-- C-claro--minha garganta estava seca, me direcionei a uma lanchonete, ele me seguiu
--Amanda, por favor, me escute. Ok?! Paola foi embora.
--Eu já sei dessa thi... --falei mordendo o lábio inferior, foi quando olhei para suas mãos, fechadas em punho ao lado do seu tronco... A noticia era bombástica com certeza
-- Ah... Claro. Mais deixe continuar... -- não respondi, apenas fiz menção de um sim--bem, você sabe que ela tinha um sentimento não sabe?!-- ah claro, esqueci de falar, Paola era apaixonada por Thiago, do tipo que faria de tudo para fazê-lo feliz e blábláblá, só havia um pequeno empecilho, ele gostava era de mim. Um belo Triangulo... --e bem, agora que ela teve que se muda...
Meu coração já batia forte, queria sair pela boca, ele não podia estar fazendo isso! Não agora!
--ULTIMA CHAMADA PARA O VOO xxxx-xxx.
Reconheci o numero da minha aeronave com alivio... Estava livre
--Preciso ir, thi...assim que voltar agente se fala--Me virei para sair correndo daquele pesadelo, Infelizmente, a vida não vira um sonho quando agente deseja, ele segurou meu pulso... DEUS ME SOCORRA
--Amanda! Me escuta--Agora ele me olhava suplicante-- Eu te a..
Puxei meu braço das mãos dele e sai correndo... Não podia estragar nossa amizade com um fora, isso se ela ainda existisse nessas circunstâncias.
-------------------------------------------------------------------------------------
-------------------------------------------------------------------------------------
Assim que sentei em minha poltrona, a da janela é claro, persebi a maluquice que estava me metendo. Ir à Itália!Sozinha!Outro país, novas culturas, e pior, tendo esperança de achar algum ser pálido de olhos vermelhos!
Acorda Amanda! Eles são assassinos que nem existem!
A viagem seria cansativa, mais de 4 horas sentada. Pela janela só se via água. Bem, não que eu tivesse medo de avião, não era isso, mas aquela visão estava me dando arrepios, cercada, sem nenhum lugar para fugir, era assim que me sentia.
Senti meus olhos começarem a pesar. Dormir. Era o que eu precisava.
Entre sonhos e alucinações devo ter perdido o horário. Quando acordei, o avião estava quase vazio.
Sai cambaleando de dentro da aeronave. Primeira vez que pisava em Salvador e estava dopada... Que lindo (¬¬)
Cheguei à sala de desembarque, estava cheia. Mais no meio daquela bagunça a avistei. Fui em direção de uma moça alta, pálida e morena. Ela ainda tinha um rosto de criança, mas devia ter seus 18 anos. Ah, fora isso, Ela era perfeita! Digna de um filme! Sabe aqueles sorrisos que agente vê em propagandas de pasta dental!? Era um destes que se encontrava nos lábios dela! (Porem mesmo assim eu podia vê medo?!). Sabia que era ela graças a uma plaquinha em suas mãos que dizia: “Procuro por Amanda Bonn". Assim que a cumprimentei, persebi o quão era sortuda, ela falava português! Um trunfo que eu não esperava!
--Amanda?!
--Sim, eu, você é...
--Rebecca, prazer em conhecê-la, senhorita Bonn. Esta pronta para a viagem?!--Sua voz era como sininhos! Totalmente encantadora.
--Apenas Amanda.
Ela sorriu novamente para mim. Parecia ser uma ótima pessoa
--Vamos!?
Apenas sinalizei com a cabeça.
Junto com Rebecca peguei o avião que nos levaria a Roma, Itália! Só então entraria em um carro... Para chegarmos a Volterra!
Esse vôo foi muito mais cansativo. Quase oito horas. Só chegamos a nosso destino no dia seguinte.
Assim que pousamos, umas duas pessoas vieram falar com Rebecca. Provavelmente mais integrantes de Lua nova. Mas não tive muito tempo para analisar a situação, não consegui nem distinguir a língua que eles falavam, para mim parecia apenas um zumbido. Eu estava em uma luta continua com minhas pálpebras.
Eles deviam ter me levado para o carro, pois só o que me lembro é de um automóvel preto.
Nunca entendi nada de carros, a única coisa que tinha certeza é que era preto.
Depois disso só fui acordar em um quarto. Hotel?! Ainda em Roma?! Não faço a mínima idéia. Logo o sono me tomou novamente.
sábado, 27 de junho de 2009
Capitulo 1
{Musica --> Viva La Vida} http://www.youtube.com/watch?v=dvgZkm1xWPE&feature=fvst
“Mas perfeito pedaço do nosso para sempre!"
Como assim para sempre?!Não pode haver para sempre se tudo acaba neste livro!Adeus Edward e Bella!Adeus Cullens! Adeus meu mundo impossível!
Sei que estou sendo meio melodramática, mas é assim que estou me sentindo desde que minha vida acabou! Ok... Menos... Desde que terminei a saga Twilight!
Eu sou apenas uma garota de 16 anos! Não devia passar por uma perda de tal tamanho sendo tão nova!
Ah... Claro... Deixe me apresentar: Sou Amanda! Prazer... Tenho 16 anos... E sou totalmente fã de Twilight! Mas a pesar de tudo... Sou normal... completamente normal!Meu cabelo é castanho claro... Ta ok... Tem gente que fala que ele é meio loiro... Mas eu prefiro que não seja... Meus olhos... Hum... Um castanho... gosto de chamá-lo de possa de lama ¬¬( n topázio... é claro)... Sim... Voltando a minha tortura... MEU MUNDO SE FOI!
Nem sei pra que gastei meu tempo com algo tão fútil! E agora!Sentada em minha cama, com o ultimo livro nas mãos... Lendo milhares de vezes a ultima frase... e tentando sem sucesso me despedir de um sonho totalmente impossível!
Eu estava planejando fazer isto pelo resto da minha vida... Porem, uma voz já muito conhecida por mim me chamou lá do primeiro andar.Meu "amado" papai ¬¬
Realmente eu preferiria ficar choramingando o meu fim a ter que enfrentar ele.
Descendo as escadas, minha mãe passa por mim, melhor, me atropela. Carregando em suas mãos vários papeis... Os quais são pegos apenas em épocas de viagem... Viagem!?Como assim?!Estamos no mês de Abril! Acabamos de voltar as aulas! Não a como ser uma viagem... A não ser... Tragédia! Só isso faria com que minha família viaja-se para os confins da terra da onde nós somos... Só poderia ser isso!
Ao entrar na sala, já quase chorando, vejo meu pai, de olhos arregalados, como disse-se as lagrimas:" Só saiam quando eu determinar". Sinceramente... Não seria necessário esperar muito para ele perder a batalha.
Isso só fez com que as minhas quisesse se unir a revolta.
Era Tragédia na certa.
Mas havia algo errado... Se meu pai se fazia "forte" por desgraça... Por que motivo ele tenha um sorriso tímido em seus lábios.
Minha análise não durou mais de alguns segundo logo...
--Amanda! Parabéns! Sabíamos que você era capaz!
Ao termino desta frase, meu pai já havia me colocado em seu abraço de urso.
--Pai! Eu preciso resp...
Ele me soltou no mesmo instante. Mas não se postou longe. Seus olhos brilhavam pela umidade... Algo muito errado estava acontecendo.
--Ah desculpe, querida!--Ele passou a mão debaixo dos olhos por reflexo, já que eu o encarava com cara de panaca.
Neste momento minha mãe passou pela porta saltitando até mim. Com seus braços abertos para um abraço.
--Parabéns!--Minha posição a imitava para sua chegada... Mas assim que a palavra foi dita eles despencaram para minha cintura... Pareciam Maria mole, sem nenhuma utilidade (Eca¬¬)
Ela não hesitou no abraço, mesmo com o meu olhar vagando pela sala podia ver a animação dos dois... Algo muito errado...
--Parabéns?!--Já imaginava o motivo de tanta alegria... Outro teste de raciocínio fechado... BLARG... Isso realmente me irritava... só me fazia ser mais excluída da sociedade.... E pior que era só nessa matéria e nas de exata que eu me dava mal... Exceto Redação... Minha mente fluida com muita naturalidade... Mas os erros... ihhhh....
---Fique tranqüila, Querida, já peguei o seu passaporte
Depois disso não escutei mais nada. Meus pensamentos ocupavam todo o espaço em minha mente. Se não era tragédia, então porque o motivo dos...
--Passaportes?!
Tentei argumentar... Não fui aceita. Minha mãe nem parecia ter notado a minha breve interrupção.
--Nem acredito! Minha menina na Itália!
Fiquei perplexa! Fitei o rosto de minha mãe... Já podem rir!Estava me segurando para não sair pela casa procurando as câmeras da pegadinha.
--Itália?!--Soltei sem perceber, eu não sentia mais nenhum músculo do meu corpo, garanto que seu um vampiro me mordesse agora eu nem sentiria... Sem queimação, sem dor...
Acordei das minhas habituais alucinações e encarei novamente minha mãe...
--Não esta feliz querida?!Itália! Nova cultura!E ainda aquele gato do pôster do seu quarto. --Meu pai a olhou pelo canto --Vamos! Você nunca entrou no quarto dessa menina!?Entre então! Robert é perfeito!
--Como Patz entrou nesta conversa?!
--Quando nós falávamos sobre sua viagem para as gravações de lua nova! Você escutou alguma palavra que eu havia dito antes!?--Minha mãe disse aquilo com tanta paciência que eu nem havia notado de imediato a informação contida na frase!Quando me toquei já era tarde de mais..
---Nem olhe para mim com esta cara! Sei que é fofoca! Mas não posso fazer nada se você-- ela apertou delicadamente minhas bochechas como fazia quando queria um favor quase impossível--minha princesa, chama a atenção de Meyer! Estou tão orgulhosa da minha menina!
A não! Não mesmo! Como Meyer conseguiu entrar em contato com a minha família?!Eu só pedia, melhor, implorava a continuação da serie!Como fui acabar na Itália?!
Fui para o meu quarto... Minhas pernas ainda tremiam... NAO DAVA PRA ACREDITAR!Itália! Se eu desse sorte poderia encontrar seres pálidos de olhos vermelhos... Volturiii!
Acorda Amanda!Eles nem existem!
Minha mente sempre gostava de me atazanar com a verdade... Mas para deixá-la mais mansinha, lembrei dos meus sonhos: Robert... Edward... Robert... Emmet... Robert... Já entendemos né?!
Assim que avistei a cama, não exitei... Tomei impulso e me joguei conta ela... Talvez com um pouco de força a mais, não parei na cama... E sim no chão. Mais uma queda para minha coleção (Ai...:). Os danos nem foram notados. Não sentia nenhum músculo do meu corpo... Anestesiado.
--Amanda?! O que foi isso?!
Me levantei com apenas um salto. Procurando algo ou alguém em que colocar a culpa.
--Nada... Mãe... Apenas a cadeira que caiu.
O silencio reinou lá em baixo... Ufa... Escapei dessa...
Voltando ao inicio... Hora de arrumar as malas!
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