{Musica - Lady Gaga -Paparazi : http://www.youtube.com/watch?v=xjps-_hfvBs}
Assim que saí do Hotel, vi um homem me encarando. O meu senso de auto preservação começou a berrar para eu sair correndo.
Logo que nossos olhos se encontraram, a noite pareceu ainda mais fria. Frio, a única palavra que se encontrava a minha mente naquele momento. Ele parecia tão gélido. Seu olhar não transmitia nada além de... medo !
Obedeci meus instintos e saí correndo dando de cara com uma mulher alta. Não pude ver suas feições por causa da escuridão.
-- Boa Noite!—Ela disse com um sorriso estonteante. Algo dentro de mim fez com que meu corpo se encolhesse. Para tentar fugir desta situação virei meu rosto para o lado. Foi aí que reparei onde estava.
-- Boa Noite?!—Falou novamente a voz maliciosa da mulher.
-- Eu vim para a excursão —Disse por fim, com a voz meio cortada, após ficar presa em seu olhar por um curto momento. Seu sorriso se tornou ainda mais maravilhado. Por motivos inexplicáveis, dei um passo para trás... Uma reação um pouco anormal... Caramba! ELA APENAS SORRIU AMANDA!
-- Ah, Claro! Vamos apenas esperar o restante chegar. Muito prazer, meu nome é Heidi.
--Amanda, Prazer. —Estendi minha mão direita para ela, sabe... Aperto de mãos... Ela simplesmente me ignorou. Apenas se virou e foi se sentar em um dos bancos da praça. Já a minha pessoa se dirigiu para outro banco, um pouco distante.
Meus pensamentos não me obedeciam. Ele e o meu senso de preservação queriam me tirar dali a qualquer custo. Volturi. A palavra ecoava em minha mente como um aviso. Só podia estar ficando tão doida quanto Rebecca!
“Eles não existem”
Repetia para mim mesma, sem um pingo de convicção. Lá no quarto entre quatro paredes, segura, era impossível acreditar nesta loucura, mas aqui... No escuro da noite cercada...
Já estava quase aceitando a oferta dos meus sentimentos para sair correndo dali com o rabo entre a pernas( não que eu tivesse algum, claro) , Quando senti uma respiração em meu pescoço. Fazendo me gritar com todo o ar dos meus pulmões.
--Ei. Calminha.Sou eu, Heidi!—Ela deu a volta no banco e se sentou ao meu lado. Não olhei mais em seus olhos, Tinha medo de ver de mais. Mantive os meus olhando o chão, tentando descodificar alguma ligação ou significado nos encaixes das pedras da calçada.—E então, Você não é daqui, é?!
--Brasil, Sou brasileira.
-- Ah, então você é a menina que Rebecca comentou. —Meu estomago embrulhou com o nome dela envolvido... Será...
-- Rebecca?! Você a conhece?!—Sem perceber estava me virando para a garota.
--Sim. Trabalhamos juntas. Ela queria que eu te expulsa se da excursão. Minha opinião: Ela ta ficando louquinha, Me chamou de vampira sem. -- Ela parou um pouco de falar e me encarou— Desculpe, eu não devia me meter.
-- Tudo bem—Respirei pesadamente—Não a verei mais mesmo.
-- Não digue isso. A vida sempre dá voltas. Acredite... Nada é impossível
-- AH, claro... Amanha eu e ela estaremos jantando com os Volturi (¬¬)
Ela não se agüentou e explodiu em gargalhadas. Não tive como segurar... Acompanhei-a... Encontrar os Volturi era realmente Absurdo ao ponto de Chorar de rir.
Logo a praça estava cheia e nos organizamos para sair. Nós iríamos andar pela cidade, um passeio para ver cada construção. Começaríamos por um Museu, que se localizava atrás do grande relógio, o único que se mantinha aberto a noite.
No antigo museu, a luz iluminava o local e pude ver minha companhia pela primeira vez. Ela tinha um cabelo cor de mogno e seus olhos eram de um de violeta. Aparentava-me que eu já a conhecia. Mas da onde?!
Caminhamos por um corredor cheio de portas, mas para minha surpresa, nenhum quadro ou escultura. Que tipo de museu é este?
Fomos até a ultima porta que parecia revestida de ouro e super pesada, mas deveria ser apenas impressão. Pois Heidi a moveu sem o menor esforço.
Enquanto passava pela porta, esbarrando levemente no ombro dela, me lembro de onde conhecia Heidi... Aquela exata descrição estava...
-- Bem Vindos a Volterra!—Disse uma voz sedosa que vinha de uma das três poltronas ocupadas no fundo do enorme salão.
--Volturi!—Não tive como me conter. Nesse exato momento meus companheiros de turismo já estavam nos braços de seres pálidos de olhos vermelhos.
Eu fiquei ali, de pé, vendo todos aqueles assassinatos, esperando pela minha vez.
Por que não sai correndo?! Medo! Esta pequena palavrinha congelou minhas reações. Mas no fundo eu sabia: Estava morta. Mesmo se conseguisse me mover, eu não seria a única correndo... Eles me alcançariam antes mesmo da porta dourada.
Senti algo gélido segurando meu braço direito firmemente. Pronto. Chegou minha hora...
Como de imediato, aonde o Vampiro em segurava eu senti meu sangue se movendo. Adrenalina. Sem pensar, me virei para acertar a cara do meu predador. Estupidez a minha, como se um humano conseguisse provocar alguma dor em um mostro daquele.
Ele segurou meu pulso com força. Eu sofreria por aquele ato insano, já senti meus ossos sendo transformados em pó pela pressão. A dor era intensa, e logo me ouvi gritar...
-- Fique quieta, menina. —Foi apenas isso que o vampiro pronunciou e sua mão começou a ficar mais leve sobre a minha. Algo estava muito errado. Quando um ser como ele obedeceria a uma mera humana como eu?!
-- Impressionante! Parem todos!
Foi então que meus olhos desviaram do ser a minha frente e se direcionaram aos outros sanguessugas presentes. Todos haviam congelado como em um retrato do verdadeiro terror.
-- Meu caro Aro! Não vamos brincar com a comida!
Aro?! O leitor de mentes? Oh meus deus! O que ele viu?! Será que minha punição será maior por eu saber a verdade?!
-- Você não entende Caius, ela pode nos ajudar. Ela é especial!
Especial?! Acho que Aro esta com problemas com seu dom! Eu sou normal! A pessoa insignificante e comum!
-- Demetri, leve-a VIVA para uma sala enquanto terminamos o nosso serviço aqui.
-- Sim mestre —Olhei para a origem daquela voz magnífica. Assim que o encontrei reconheci seu olhar.
Mesmo com as pupilas cor de sangue, ainda pude ver o medo em seu rosto. Era o cara que me seguira. Ele me pegou em seu colo com total facilidade e saiu correndo porta a fora.
Não sabia como descrever tal sensação. Parecia que eu havia colocado minha cabeça para fora de uma aeronave em pleno vôo.
Ele corria tão rápido que as paredes se transformaram em borrões brancos.
Antes mesmo de conseguir respirar, fui colocada em algo macio. Minha cabeça girava pela quantidade de informações que foi imposta a ela em tão pouco tempo, Em um momento eu era a fã que sonhava com vampiros... E agora... Bem... Sou a garota no covil dos vampiros prestes a morrer...
Eu estava em um quarto, sentada na cama recoberta por colchas de um tom pastel, as paredes brancas a minha volta, sem janelas, transmitiam um sentimento de alivio, entretanto ao mesmo tempo estava presa...
Só podia estar ficando LOUCA!
Volturi! Um Sonho! É isso! Não... Um Pesadelo! Com certeza um pesadelo!
Demetri a minha frente me encarava com... Com... Não conseguia decifrar o que ele sentia. Era tão diferente de tudo que já havia notado no mundo. Mas alguns vestígios de outros sentimentos ainda estavam presentes naquela mascara: Ódio, raiva... Dor. Ele realmente não queria estar ali. Como se eu tivesse atrapalhado a sua festinha.
Após um tempo com os meus olhos presos nos dele, sua mão se levantou e encostou na maça do meu rosto. Por onde ele passava, mesmo com sua temperatura gélida, eu sentia o contato me queimando. Sua mão continuava a deslizar pela minha face, até que encontrou meus lábios.
Do nada, como se alguém o tivesse chamado, ele virou para a porta e sumiu.
Estava só. Esperando pela morte, o que mais eu poderia esperar?
O tempo foi passando e nada acontecia, já estava enjoada de encarar o teto. Aquele lugar me irritava. Porque não me matavam logo?
Com o decorrer das horas acabei dormindo. Sem sonhos. Apenas o preto me acompanhando, um lugar sem vampiros, sem dor, sem lágrimas...
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
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