quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Capitulo 7

Eu e minha mais nova sombra saímos daquele salão, meu novo lar. A idéia me atormentava de uma maneira ridícula, conseguia visualizar, imaginar, meu rosto agora, boca escancarada, olhos arregalados, uma surpresa pela sobrevivência, curta, mais ainda sim... Um único ano, idéias bizarras de como aproveitá-lo passaram pela minha mente, até cogitei a idéia de... Um gemido me tirou de minhas idéias sem noção. Tenho certeza que ele não vinha de mim, eu acho. Virei-me para Demetri, ele estava a encarar o piso de mármore do corredor, suas feições amarguradas, ele realmente parecia estar sofrendo uma enorme perda, quem sabe meu sangue?

Apos cruzar a porta me deparo com a seguinte cena: uma moça ajoelhada em um canto do corredor, cercada de vampiros. Digna de um filme de terror. Porem a cena se tornava ainda mais angustiante ao reconhecer a vitima. Rebecca.

Sai correndo em sua direção, como se eu pudesse mudar algum ato. Fui barrada, um dos seus macabros cruzou os braços sobre o peito me impedindo de vela. Não precisava que ninguém me contasse quem era apenas às paginas de lua nova, aquele ar arrogante. Felix. Tentei ignorá-lo.

-- Rebecca, eu... Eu sinto muito.

Ela apenas me olhava como se estivesse vendo um milagre e depois deslizou os olhos para Demetri.

--Você?! Como?!

--Sei que deve estar com raiva de mim, mas não era minha...

--Como você sobreviveu. Seus olhos ainda... --Ela parou para analisar mais especificamente minhas feições, tentando encontrar nelas traços perfeitos, algo que nunca tive.Foi então que entendi. Pelo visto teria uma longa historia para contar... O final fez com que me enrijece-se... Contar... Reviver cada momento. --É impossível!

-- Daqui a pouco lhe explico, agora vamos sair daqui. --Ao terminar a frase voltei a encarar Felix-- Posso ficar a sós com Rebecca?--Serio, não sei de onde saiu tamanha coragem.

Ele se inclinou em minha direção e em um curto sussurro pronunciou um "Não" Totalmente autoritário. Olhei desesperada para Demetri, que me retribui o mesmo olhar, um espelho.

--Ela entrará em julgamento, Será impossível. Desculpe. --Suas feições se tornaram ainda mais sofridas, parecia estar chorando por dentro--Julgamento--Repetiu com um desgosto audível.

E então Rebecca foi arrastada literalmente para dentro do salão de onde eu havia acabado de sair.

--Mas por quê?

--Por Você-- Pronunciou-o, desta vez com a voz quase inaudível, pousando os olhos no nada. --Ela falou de mais. --A ficha finalmente caiu. Rebecca não iria para um julgamento, iria, sim, para o Seu julgamento!Apenas minha culpa.

Me virei para a imensa porta dourada, empurrei com todas as minhas forças, meus pés me arrastaram para traz. Trancada.

--Demetri, por favor.

--Não há o que ser feito, Amanda.

--Mas é minha culpa, não posso...

-- Não é sua culpa! Está me escutando?--Seu tom foi rude, mas seu gesto seguinte me deixou encabulada, suas mãos pararam sobre meus ombros, e seus olhos nos meus... Ele... Ele...

"Acorda Amanda, Você está babando, fecha esta boca AGORA!"

--Desculpe, não temos escolha.

-- Tenho sim!Tenho que ter. Por favor, Demetri.

--Amanda. --Me senti tão bem com seu tom de voz desta vez, protegida de alguma forma. Não pensei enquanto passava meus braços por sua cintura . Ele devolveu o abraço hesitante, com seu corpo gelado colado ao meu.Eu ainda soluçava por causa do choro, mas nada tão exagerado como antes.

Pousei minha cabeça em seu peito. "Só podia ser um pesadelo, nada disso é real! Nada disso é rea..." Seu aroma, cada vez mais doce, estava me hipnotizando. Alcancei seu pescoço, inalei profundamente seu cheiro, e do nada... Esta longe dele. Ele me segurava pelos ombros, mantendo uma distancia segura--Não podemos fazer mais nada. --Ele parecia, tanto quanto eu, estar sofrendo muito com as palavras. Eu queria voltar a abraçá-lo, acalmá-lo, dizer que tudo daria certo, eu... Meus olhos voltaram a estar em foco, encarei o ser a minha frente. Olhos Vermelhos.

"QUE MERDA, AMANDA!"

Tentei me soltar de seus braços, usei toda a força que não tinha. Não consegui me mover. Mas ele ainda era o assassino. Precisava de distancia, não queria AQUILO me tocando. Eu precisava sair dali.

--Por favor--Ele me analisava tristemente, enquanto ainda tentava-me desvencilhar --Mantenha-se a salvo.

Demetri me soltou gentilmente e abriu a porta.

No salão todos pararam ao me ver novamente, mas não pareciam surpresos. Como se já me esperassem.

--Minha querida. A que nos devemos a honra deste novo... Encontro?--Falou Aro com um sorriso enorme enquanto se aproximava calmamente, mas não menos empolgando. Meus joelhos começaram a tremer. "Calma! Mantenha o foco!"

--Gostaria de participar deste julgamento, se não se importa, é claro. --Falava apenas com Aro, não tinha coragem de direcionar uma única palavra a Marcus ou Caius.

--Percebo que está mais confiante agora, Porem não sei se você terá muito no que ajudar aqui.Nós já terminamos.

--Aonde esta Rebecca?

--Amanda... -- Disse Caius "acariciando" meu nome.

--Aonde?

--Não acho que seja o melhor momento--Assim que Demetri disse, Aro o fuzilou com os olhos. Como se dissesse "ponha-se em seu lugar!"

--Mas ela não teve culpa!

--Ela ultrapassou os limites, minha cara.

--Por minha causa! Fui eu que a obriguei a me contar. Eu que devo ser punida. Não ela!

--Hum... Se for a sua... Vamos dizer... Forma de se desculpar de Rebecca... Creio que outros envolvidos também devam ser julgados--Falou Marcus com pura arrogância na voz.

--Mas por outro lado--Voltou a dizer Aro, cortando seu companheiro. -- Nós te desculpamos para que possa se tornar uma de nós. Você recebeu esta chance... Ela não.

--Por que não?Eu tenho que fazer algo por ela, Aro! É minha obrigação.

--Deixamos você levar o corpo dela se quiser-- Caius dava de ombros enquanto falava.

--Não!--Eu já estava gritando, minha garganta não agüentava mais aquela loucura. --Eu a quero Viva!

--Em minha, humilde, opinião--Disse Marcus amargurado--Você não está em condições de dar chiliques infantis--Minha mente decidiu ignorá-lo, mesmo tendo ciência de que a razão era dele.

--E uma troca? Tem que ter algo que possa ser feito.

--Uma troca?!--é muito fácil fazê-lo curioso. Aro só faltava quicar de empolgação. --é algo a se pensar. O que você trocaria pela vida de Rebecca?

--Tudo!--"Que merda, Amanda! Pense antes de falar pelo menos uma vez na vida!"

--Até seu ultimo ano?--"Há Há! Bem feito pra você" Agora até minha mente estava contra mim? Inferno! Seria eu por ela.

--Seja sensato, Aro. Preciso deste ano.

--Então ela não é importante para você?

--Claro que é, mas... --Já me sentia derrotada, precisava garantir a segurança de Rebecca, agora não é hora para ser egoísta. --E se eu apenas diminuísse meu tempo?

--Hum... Podemos--Não podia deixá-lo terminar, ele só me daria uma semana no máximo.

--Seis meses está bom?

--Não! Não acredito! Sua amiga só vale isso.

--Aro...

--Sua amiga...

--Um mês e volto!

--Hum... Questão aceitável, um mês, e quando voltar soltaremos sua amiga.

--Ela não pode ir comigo?!

--E correr o risco de você fugir? Tenho a impressão que não.

--Acho melhor você simplesmente aceitar--Sussurrou Demetri que ainda se encontrava as minhas costas.

--Um mês. Logo estarei de volta, Aro!--Me virei e sai do salão. Não esperei as despedidas novamente.

--Estaremos te esperando!--Ouvi Caius e Marcus falarem em coro antes que a porta fecha-se.

2 comentários:

  1. Mais mais mais *--* ta liiiindo para não ;D

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  2. AMEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII e se vc puder entra no meu blog? http://www.myworldpinkandblack.blogspot.com
    Brigadaaaaaaa e escreve mais??

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