quinta-feira, 30 de julho de 2009

Capitulo 4

O dia amanheceu! Lindo, sem uma única nuvem no céu. Perfeito para as filmagens de hoje.
Olhei para o armário. O que eu deveria usar para ver o Robert??
Me virei para a cama de Rebecca.Vazia. Quem poderia me ajudar agora?

Respirei fundo, peguei minha toalha e fui em direção ao chuveiro.Enquanto a água gelada caía em meus cabelos, fui me acalmando.
-Tudo vai dar certo Amanda

O estado de paz não durou muito tempo. Ao sair do banho voltei a encarar o armário.
Decidi faltando apenas alguns minutos que o melhor a fazer era colocar meu jeans básico, uma blusa preta com decote em V e botas de cano alto. Não deu tempo para olhar os cabelos.

Cheguei na praça de filmagem meio atrasada. Mas onde está Rebecca? Não a achei em lugar nenhum. No meio da minha busca impossível, acabei esbarrando em alguém.

- Amanda?

- Oi.

Quando me virei para encarar a pessoa eu gelei. Era ela mesmo! Meyer!

- Prazer em conhecê-la.

- O p-prazer é todo meu.

Gaguejei.

- Procurando alguma coisa?

- Na verdade... Rebecca.

- Bem, Rebecca se demitiu hoje de manhã.

Meu olhar deslizou para o chão. Ela nem havia se despedido. Me senti meio pálida.

- Está se sentindo bem?

- Ah, claro.

- Sabe, eu acho que aqui ainda vai demorar um pouco. Vamos tomar alguma coisa, o que acha?

- Por mim tudo bem.

Dei um sorriso amarelo pra ela.

- Tem algo errado?

- Ann... os... atores.

Tive que pensar em algo rápido.

- No camarim virando vampiros.

- Ah ta.

Acho que ela percebeu meu desanimo e continuou a frase.

- Quer ir vê-los? Nosso café pode esperar.

- Posso mesmo?

- Acho que não terá problema.

Ela piscou pra mim enquanto abria umas das portas do corredor enorme.

-Com licença – ela disse – Kristen, gostaria de lhe apresentar uma pessoa.

OMG! Kristen? Kristen Stewart? OMG OMG OMG!
Enquanto a naturalização de Bella do meu mundo vinha ao nosso encontro com um sorriso tímido, eu não consegui me mover nem um centímetro.

- Se ela se comporta assim comigo, melhor nem apresentá-la ao Rob.

As duas começaram a rir. Que tipo de garota alienada sou eu?

- Desculpe...

- Sem problemas.

Kristen estendeu a mão pra mim. Olhei pra mão, depois pra ela. Foi ai que me toquei que ela esperava que eu aceitasse o cumprimento. Eu só tinha que me mover e apertar a mão da Kristen. OMG!

Ela me olhava com esperança, como se torcesse para que um milagre acontecesse. Bem, eu também esperava por esse milagre.

Só depois de alguns segundos eu consegui me mover e apertar sua mão.

- Prazer em conhecê-la...

- Amanda.

- Claro, prazer Amanda.

Apenas acenei com a cabeça. Eu sabia que se abrisse a boca, sairia um gritinho de fã enlouquecida dali.

Meyer me tirou da sala antes que eu tivesse um ataque ou desmaiasse. Continuamos pelo corredor e paramos na frente da ultima porta. Tive a impressão que ela iria falar algo, mas desistiu.

Assim que a porta se abriu, dei de cara com Robert Pattinson. ROBERT PATTINSON!
Ao contrário do que aconteceu com a Kristen, eu sentia meu corpo inteiro querendo se mover, querendo me jogar nos braços dele e nunca mais soltar. \o/

- Oi!

Disse meu Edward, ou melhor, o Robert. Ele me olhava com uma cara de “Eu te conheço?”. Diga-se por passagem LINDA. Mas ai... do nada... ele me abraçou! Depois disso... mais nada.

Quando acordei, estava em um sofá, provavelmente ainda no camarim do Robert, pois ele foi a primeira pessoa que eu vi. Aquele Deus Grego. Gostoso. Tesudo. Se controla Amanda.

-Não agarra ele. Não agarra ele. Não agarra ele.

Assim que abri os olhos, ele sorriu e falou baixo só pra mim.

- A Bella Adormecida acordou. Dormiu bem princesa?

Pronto. Era só o que me faltava, eu devo ter desmaiado, e eu ia desmaiar de novo se ele voltasse a me chamar de princesa.

- Desculpa, eu... é que...

Comecei a falar nervosa.
-Shh.

Ele colocou o dedo indicador nos meus lábios me impedindo de continuar.
Fiquei encarando – o por um tempo. Ok, ou isso era um sonho, ou eu sou MUITO sortuda. E aqueles olhos? Tem como não amar aqueles olhos? *--*

Pelo canto dos olhos, eu pude ver Meyer nos observando. Dei um salto e levantei. Péssima idéia, cambaleei e quando ia cair de cara no chão, Rob me segurou. Pai do céu, Senhor, eu estava nos braços do Robert Pattinson!

- O-obrigada.

- De nada.

Aquele sorriso de novo. Corre Rob, corre porque eu vou te agarrar!

- Vamos senhor Pattinson.

Ta de brinks? Quem foi a futura defunta que chamou ele logo agora?
Eu ainda não acreditava naquilo e pra melhorar, ele me deu um beijo. Na testa. Eu sei, eu sei, mas pensa bem, quantas pessoas conseguem receber um beijo na testa do Rob?

- Amanda?

- Haaan? Eu to bem, é serio.

- Ótimo. Vamos então?

Meyer reprimia um riso, provavelmente da minha cara e da minha reação. Tive a impressão de ter ouvido ela sussurrar pra si mesma “imagine se ele a tivesse pedido em casamento.”

A manhã e a tarde passaram rapidamente. Logo a noite começava a aparecer. As filmagens haviam terminado por hoje.

Fui tomar outra ducha, desta vez quente já que a temperatura da misteriosa cidade caiu rapidamente de noite. Assim que voltei pro quarto, Rebecca estava esperando por mim, sentada em minha cama.

- Rebecca!

Sorri pra ela, que apenas me olhou. Tinha alguma coisa acontecendo.

- Amanda – ela respirou fundo – Se eu te pedir um favor, você o faria?

- Que favor?

- Não vá pra excursão.

- Por que?

- Me escute Amanda, isso é sério, eu não posso te falar tudo. Mas confie em mim, não vá. Eu não deveria estar aqui, vou arrumar uma grande encrenca, então por favor, me escute.

Agora sua expressão era de dor. Ela estava praticamente implorando pra mim.

- Me diga o motivo, deve haver um motivo pra tudo isso.

- E ele existe... Vamos acabar esse assunto por aqui, você não vai.

- Como?

Eu estava realmente irritada agora. Nós nem nos conhecíamos e ela já estava mandando em mim?

- Amanda, tem muita coisa em jogo para que eu aceite um capricho de uma menina. Por favor, só obedeça.

- Não! O que tem de errado com um passeio de turismo?

- Terei que contar a verdade não é?

- Vai me contar? Ah finalmente.

- Eu só quero lhe manter viva.

Olhei pra ela com descrença. Viva? Por favor né? Eu não ia me jogar de uma ponte, eu só queria fazer turismo!

- Você não pode ir.

- Por que não?

- Porque não é uma excursão.

- Como?

- Volturi.

Uma única palavra? O significado dela demorou um pouco pra chegar em meu cérebro. Não consegui me segurar e ri na cara dela.

- Volturi? Ah Rebecca, isso é só um livro!

Fui até a porta e a abri.

- Recado dado. Obrigada.

Ela passou por mim. Parecia estar se despedindo com o olhar. Fechei a porta com uma força desnecessária.

- Volturi.. tá bom.

Peguei meu sobretudo preto e saí para a praça.

domingo, 12 de julho de 2009

Capitulo 3

{Musica Linkin Park - Numb (Instrumental) : http://www.youtube.com/watch?v=8RHS4KQ_7ug}

Agora com mais consciência mais nítida pude visualizar a beleza do meu quarto. Paredes de um amarelo-limão, pinturas de uma torre de relógio, para a pintura dediquei um pouquinho do meu tempo, até que as bandeirolas vermelhas pintadas no mesmo se tornaram olhos me encarando. Ao virar o rosto ,pela surpresa, avistei um buquê de tulipas brancas e ao lado um pequeno cartão em Italiano. A letra foi o que mais me encantou, tão bem desenhada. Porem nada o que estava escrito naquelas linhas eu consegui compreender (marcar na agenda: Praticar mais meu italiano). Definitivamente desisti de descodificar o pequeno papel e reparei na imensa janela que ocupava o lado norte do quarto.
Provavelmente o sol estava deixando espaço para as estrelas e a colossal lua nova que aparecia no céu! Que Crepúsculo!
A vista dava para uma praça, com uma enorme fonte no centro e antigos prédios em volta. Derrepente caiu a fixa...
--Volterra!--Falei comigo mesma enquanto um sorriso singelo crescia em meus lábios.
--Com licença. Te acordei, Amanda?!--Era Rebecca que entrava no quarto com uma bandeja de comida, meu jantar.
--Olá Rebecca!--Pulei na cama, tão macia. --Venha, sente-se aqui!
--Vejo que você descobriu onde estamos. --Ela pronunciou as palavras enquanto se sentava na cama ao meu lado, atendendo ao meu pedido.
--É... Volterra é linda!--Me virei para a janela novamente, apenas para me certificar que não estava sonhando. Foi então que os vi. Um pequeno amontoado de pessoas.
--O que é aquilo?!
-- Ah... É uma das excursões noturnas da cidade ...por causa da festa de São Marcos.
--Posso ir?!
-- Acho que sim... Só que ela sai apenas à noite.
--Isso não é um problema... Não encontraremos os Volturi...
Ela riu, um som harmonioso, mas parecia ter um pouco de nervosismo em sua voz.
Após o jantar em meu quarto com Rebecca, liguei para minha mãe contando como foi à viagem.... A ligação não foi curta.
--Beijo mãe, Agora realmente preciso desligar..... Não mãe, Prometo. Amanhã te ligo... Boa noite mãe!
Desliguei o celular, minha mãe realmente gostava de falar... Se fosse por ela provavelmente passaríamos a noite com a orelha colada ao telefone.
Estava Sozinha. Abri minha mala, tirei meu pijama de ursinho lá de dentro, não tive tempo de comprar um mais "adulto" para a viagem. Embaixo deles estava minha “Lua Nova”, não resisti, alguns capítulos não me fariam mal... Comecei lendo as cenas de hoje: Bella correndo pela praça, o encontro com Jane, o covil do Volturi... Seria tão bom encontrá-los. Algo mágico... Um Sonho de Pesadelo!
Aporta de abriu, gelei na hora, meu pedido não precisava ser atendido tão rápido.
Minhas mãos não souberam trabalhar sobre pressão do susto e deixaram o livro cair debaixo da cama...
-- Atrapalhei!?—Era apenas Rebecca entrando no quarto, nenhum vampiro... não sabia se sorria ou chorava.
--Não, claro que não... Entre... --A outra cama de solteiro no quarto me chamou a atenção pela primeira vez—- Vai fica aqui comigo?!
--Se quiser
Meus olhos deslizaram para suas mãos por um milésimo de segundo, o suficiente para um pequeno papel em vermelho capturar minha visão.
--Já comprei o bilhete para o seu passeio noturno
--Ótimo! Que horas sairemos?!
--Você sairá as 21h00min
--Um minutinho... Você não vai?!
-- Infelizmente terei que trabalhar amanhã.—Parecia que tinha algo mais naquela reação. AS suas feições a palavra Volturi mais cedo passaram pela minha mente e um calafrio percorreu minha espinha.
--Ah, então acho que irei aguardar para ir com você. Posso esperar um pouquinho!—Medi o tempo com os dedos para enfatizar minha frase.
--Não!!!—Ela gritou ou foi só minha impressão!?—-Quero dizer... Isso não será necessário. E além de tudo o seu bilhete já esta comprado--Ela se abanou com o pequeno papel vermelho.
-- Ok... Mas se mudar de ideia...
--Irei avisar.
O silêncio predominou por um curto momento. Até que algo começou a tremer no bolso da minha calça.
Meu celular vibrou... Mensagem de Paola. Finalmente ela entrou em contato!
"Olá Amanda! Já viu o Robert?!"
Realmente... Era ela (¬¬)
-- Bem, Acho que vou buscar minhas malas.
--Estarei esperando.
Antes de fechar a porta, os olhos de Rebecca me deixaram confusa... Pareciam sentir... Culpa?!
Respondi a mensagem de Paola...
“Ainda não... Reze por mim!"
Como de imediato meu celular voltou a vibrar...
-- Alo?! Amanda?! Finalmente! Como assim... Ainda não viu o Robert?
-- Olá Paola... E não... Nem de longe...
-- Absurdo!
-- Só amanhã! Ah... Tenho que desligar...
--Ham?! Como assim?! Não tem mais tempo pras amigas?!-- Rebecca abria a porta, carregando um pote de sorvete nas mãos.
-- Tenho mesmo de ir.
-- Estou atrapalhando, Amanda?!
-- Não Rebecca! Fique a vontade!
-- Rebecca?! Quem é essa?! Já me trocou foi, Amanda?!
--Xauzito, Paola!
-- VOCÊ ME PAGA!
Ela desligou na minha cara... Que respeito!
Entre mordidas e melequeiras acabamos virando boas amigas.
Ela não falou quase nada a seu respeito. E sempre que eu tentava adquirir alguma informação... Ela me mandava mais algumas perguntas... Sem sentido na maioria... Tipo... Qual sua cor preferida... Entre outras coisinhas.
O tempo passou rápido de mais... Logo estávamos entre bocejos.
Deitei-me, seria um longo dia amanhã: Filmaríamos a cena em que Bella reencontra Edward de manhã (Eu vou se Figurante!!!! Me procurem no meio da movuca viu!^^) e de noite o tour pela cidade.
O período noturno em que me encontrava, não foi um dos melhores, eu estava ansiosa de mais para o dia seguinte. Olhei no relógio... 03h45min da manhã... Ninguém merece.
Me virei na direção da cama de Rebecca. Vazia. Fechei meus olhos de novo, tentando lutar contra a insônia... Nada.
Desisto!
Dormir seria impossível agora!
Ao me levantar fui em direção a janela, quem sabe a vista me ajuda-se...
Então, a vejo na praça, Rebecca. Ela estava conversando com uma moça de preto. Mas há esta hora?! Tinha algo realmente errado!
A mulher com que ela conversava me viu e as duas congelaram no mesmo instante. O assunto acabara ali...
Voltei para a cama tentando entender a cena, mas nada vinha a minha mente. Será que aconteceu algum problema?!
Quando estava quase adormecendo escutei a porta ranger. Não consegui abrir os olhos. Já havia me perdido no mundo dos sonhos.